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Comentem muitoooo, se não eu nem volto🥹


No outro dia, Marília acordou muito melhor. Estava bem e feliz. O seu rosto e o seu pescoço tinham limpado consideravelmente. O médico a liberou, não tinha porque ficar no hospital. Passou uma pomadinha para passar nas urticarias até que ficassem limpas completamente. Aparentemente, Marília não se lembrava da visitinha surpresa de Lauana.
Maraisa se manteve ao seu lado o tempo todo, em nenhum momento tocaram no assunto "nós", mas estavam tão carinhosas e aqueles olhares apaixonados não enganavam á ninguém.

As duas estavam felizes, porque em suas cabeças aquele dia seria um recomeço para o amor de ambas. Uma segunda chance. A única coisa que impedia que a felicidade fosse completa era o relacionamento ainda pendente de Maraisa com Rô. A sua namorada não tinha respondido a sua mensagem, também não a tinha ligado. O que era estranho. Alves era meio pegajosa...

O que a Maraisa não sabia era que a sua namorada tinha passado a noite com Maiara no apartamento de Marília. Com a sua irmã de molho no hospital, a mais nova não hesitou em nenhum momento para arrastar Rô para o apartamento, tendo uma noite muito quente e também memorável. Ficariam tão perdidas nos corpos que se esqueceram completamente do mundo.

Também se esqueceram de ir para o quarto... Estavam nuas e enganchadas no sofá.
Durante o percurso para o apartamento, Maraisa que estava dirigindo. Não deixou que Marília tocasse no volante. Queria que a loira ficasse em completo repouso.

— Eu estou bem, Isa. — Marília disse pela milésima vez, sendo ignorada.

— Só vai ficar bem completamente quando não estiver mais com essas manchinhas em seu rosto. — Maraisa insistiu.

Marília bufou e fez um biquinho, mas depois sorriu. Acariciou o braço da morena que deu uma rápida olhada para ela, e também sorriu.

— O que foi? — Maraisa quis saber.

— Você cuidando assim de mim... Sinto-me até no céu. — Marília respondeu sem deixar de olhá-la.

— Não seja exagerada. — Maraisa riu.

— Não é exagero, é que nunca imaginei que estaríamos assim novamente... — Marília suspirou e relaxou no banco do carro. — Eu sei que não está nada definido, e algumas coisas precisam ser resolvidas, mas não consigo controlar essa felicidade.

Maraisa refletiu as palavras de malha.

— Sim, algumas coisas precisam ser resolvidas. Eu ainda estou com a Rô... — Maraisa começou e Marília torceu os lábios. — Pretendo terminar com ela. — O sorriso de mala voltou. — Mas eu quero ir com muita calma com você, sabe? Quero ir aos poucos, de passo á passo, sem afobação e sem deixar que a tensão sexual nos cegue. Você compreende isso? Ainda existem algumas questões dentro de mim que precisam ser resolvidas.

Marília balançou a cabeça em positivo.

— Sim. Eu entendo, e acho até melhor ir com calma... Assim poderemos resolver as nossas diferenças sem os ânimos exaltados. Estavámos muito oito ou oitenta, e um relacionamento não pode ser assim. Eu sei que sou muito impulsiva, e que fiz muitas besteiras, mas não quero que nada estrague essa nova chance que está surgindo. Quero que o companheirismo esteja sempre presente entre nós. Sem egoísmo, sem pensar no próprio umbigo, e sem burradas.

Maraisa adentrou na garagem do condomínio.

— Eu fico muito feliz que concorde comigo e que esteja com esse pensamento. Por um momento fiquei com medo de que não quisesse começar do zero.

— Está brincando? Claro que quero. Quero lhe mostrar que pode confiar em mim, quero me redimir perante os meus erros e quero que você veja que sim que sou digna de você.

Maraisa estacionou o carro na vaga de Marília. Retirou o cinto e virou-se para ela. As duas se olharam, parecia um sonho que tudo estivesse se acertando, finalmente. Marília também tirou o cinto, segurou o rosto da morena e lhe deu um beijo castro.

— Vamos fazer dá certo. — Marília afirmou.

— Eu não duvido. Só fico preocupada com a Rô. — Maraisa suspirou. — Não sou uma mulher ingrata, mas estou me sentindo assim... Ela esteve ao meu lado nesse tempo todo, acho que estou sendo bem safada em terminar o relacionamento.

Marília acariciou o rosto da morena. Se fosse em outro momento, outra época, já surtaria com isso... Mas, não tinha motivo para fazer isso. Sabia que Maraisa tinha um bom coração e que estava se remoendo por isso. Não daria show. A ajudaria. Isso faz parte do companheirismo não?

— Pior seria se você continuasse com ela apenas por gratidão. Ela não merece isso, não gosto da Rô, mas eu não gostaria que uma pessoa estivesse comigo apenas por caridade. A única coisa que você pode dar a ela é a sinceridade. Ela pode até ficar chateada, mas vai superar isso.

— Você tem razão. Não vou protelar isso. Só irei esperar que ela volte de Gravatá que terei uma conversa com ela.

Marília roubou mais um selinho de Maraisa. As duas saíram do carro e foram para o elevador. Distraidamente, a loira deu uma coçadinha em sua urticária, recebendo uma tapa leve de advertência da morena que a olhou com a cara feia. Marília não aguentou e riu, puxando Maraisa para um abraço de lado. Como no decorrer do trajeto, o elevador tinha enchido, então, não podiam se beijar. Mas á vontade estava bem viva.

Tanto que saíram do elevador, e atingiram o corredor. Marília já estava com a chave na mão. Mal colocou a chave no trinco, e puxou Maraisa para o beijo desejado... Não era um beijo castro, e muito menos lento... Era um beijo quente e com provocação das línguas. O ritmo era intenso, acendendo cada pedacinho do corpo de ambas. Sentiram-se quentes, e com vontade de mais.

Maraisa agarrou-se na cintura de Marília e a empurrou contra a porta. Afundando a língua na boca da loira, e enroscando a língua, enquanto, roçava os corpos. Marília gemeu de prazer, uma mão estava no corpo de Maraisa, e a outra tentava abrir a porta com muita dificuldade.

Mas conseguiu as duas tropeçaram em algo, e riram por quase caírem. Voltaram a se beijar e Marília fechou a porta com os quadris, puxando Maraisa novamente para o seu corpo, cambalearam pela sala, tropeçando novamente. Desta vez, foram em corpos. Gritaram, Rô e Maiara que estavam deitadas, acordaram e também gritaram.
Quatro queixos caíram.

— Rô! — Maraisa exclamou sem acreditar que a sua namorada estava nua com a sua cunhada.

— Maraisa!— Rô também exclamou, ficando muito vermelha. Mas não teve nenhuma reação, nem ao menos para se cobrir. Os seus olhos desceram para as mãos de Marília que estavam nos seios de Maraisa.

Marília retirou as mãos rapidamente, e olhou para Maiara com reprovação que lançou um sorriso amarelo. Ali, as quatros estavam com a maior culpa no cartório e foram flagradas da pior maneira!

Faz De ContaWhere stories live. Discover now