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A partir de agora eu serei uma boa amiga e desejarei forças a vocês...

Com o cancelamento da festa. Maiara partiu com Scarlett, mesmo sob os protestos dos seus pais. Principalmente da Ruth que estava acostumada a ter a filha sempre embaixo de suas asas, porém, Maiara não mudou de ideia. Queria construir um futuro ao lado de sua namorada e futuramente esposa, e não aguentaria ficar namorando por internet por muito tempo.

Estava necessitada de Scarlett.

Aos poucos, Gustavo iria se reconciliando com os seus pais. Ruth estava mais flexiva do que Mário. Mário ainda estava um pouco chateado com a situação e os comentários que o escândalo estava rendendo, mas...

Gustavo era o seu filho e o amava. Aos poucos, ia engolindo, não iria demorar muito para aceitar completamente.

Quem não estava gostando muito disso era Lauana. Por que a família tinha que ser tão unida? Quando planejou isso com o Caio, achava que iria render o suficiente para Gustavo sofrer! Mas... Estava faltando pouco para que os Mendonça aceitassem Gustavo dentro de sua casa.

Era um inferno! Na próxima semana, estava marcada a audiência do divórcio. E ficaria no fim da linha.

— Pense no lado positivo: Ao menos, a relação do Gustavo com o Mário está abalada. — Caio comentou.

— Não o suficiente. Queria arruinada! — Lauana resmungou.

— O foco do plano era trazer sofrimento para os Mendonça. Eles estão sofrendo ainda o efeito colateral da bomba. Não estão tão feliz assim. — Caio disse. — Ok. Não teve muito êxito com o Gustavo. Mas com a Marília... — Meneou a cabeça para o lado de Marília e Maraisa que estavam sentadas no jardim com a Lia engatinhando pelo gramado. — Você já percebeu o modo de Maraisa?

— E ela tem modos? — Lauana retrucou. — É uma ignorante! Num restaurante elegante, não saberia como agir.

Caio sorriu animado.

— É nisso aí que iremos trabalhar. Está tudo muito perfeito por que estão apenas aqui. Vamos jogá-la na jaula dos leões. Se existe uma coisa que sempre atrapalha é a diferença social. Clássica, rápida e destruidora.

Lauana ergueu a taça do seu drinque e bateu no copo de uísque do Caio.

— Você em outra vida foi uma vadia muito
escrota.

Caio deu uma risada e piscou para Lauana...

Marília batia palminhas e chamava Lia
que engatinhava em sua direção, mas no meio do caminho parava, então, Maraisa começava a chama-la também. No final das contas, Lia não ia para nenhuma nem outra, iria pra outro rumo. Arrancando algumas risadas das mais velhas.

— Estou louca para vê-la andando e também falando. — Maraisa disse, olhando pra sua filha.

— Vai ser uma pestinha. — Marília comentou, recebendo uma tapa de Maraisa.
— Aí! Disse á verdade. Vai ser como a mãe. — deu com os ombros, um bico se mostrava em seus lábios.

— Eu não sou uma pestinha. — Maraisa também fez um bico.

— É sim. A minha pestinha. — Marília se inclinou um pouco e roubou um beijo dos lábios da morena. — Maraisa...

— Hum? — Maraisa dobrou as duas pernas e relaxou a sua coluna, abraçando as próprias pernas.

— Eu tenho uma coisa para lhe contar. Na realidade, é uma decisão que tomei. — Marília começou hesitante.

Maraisa ficou tensa. Nunca gostava quando alguém começava uma conversa assim porque sempre iria pra um rumo desagradável. Olhou para Marília, receosa.

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