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Danilo estava parado na frente da mansão. Respirou fundo e se benzeu. Tinha falado com Maraisa no telefone e informado que estava próximo à residência. Moído de coragem, adentrou nos muros gloriosos da casa. Era linda. Os pais de Guatavo eram muito ricos. Morar naquela casa deveria ser muito caro. A manutenção, segurança, e outros requisitos. Ganhava muito bem, mas não o suficiente para manter uma casa daquele nível. O seu apartamento era considerado de luxo, mas não se comparava aquela casa.


Parou o carro de frente á casa e desceu. Estava nervoso. Suas mãos trêmulas. Também estava ansioso. Iria conhecer a sua filha! Pedia silenciosamente para que a Lia gostasse dele.

Avistou Gustavo na janela. Não tinha o avisado que tinha chegado porque estava com raiva dele. Mas acenou para o mesmo que saiu da janela. A porta da casa estava aberta, e Maraisa o tinha instruído para entrar... Pelas paredes de vidros, via a família na sala... Estavam entretidos com alguma coisa e não tinham o visto ainda.

— Você teve mesmo a ousadia de colocar os pés na minha casa. — Lauana falou por trás dele.

Danilo arrepiou-se e também se assustou.

Virou-se para Lauana. Ela o olhava com muita raiva. Ele tinha medo daquela mulher, era uma louca! Mas decidiu que não deixaria que ela percebesse isso...

Lauana era o tipo de pessoa que se soubesse que lhe causava medo, o prendia nos joguinhos psicológicos. Ele participou desse joguinho, e não queria mais.

— Se não me engane a casa é dos pais de Gustavo e não sua, meu amor! — falou erguendo a cabeça.

Lauana deu um sorriso de lado, passou a língua pelos dentes e depois o olhou. O seu olhar era perigoso.

— Não banque o engraçadinho para cima de mim, Danilo. Você não tem cacife para bater de frente comigo. — Lauana se aproximou e sussurrou no ouvido dele. — Você vai se arrepender por isto. Assinou a sua sentença de morte ao colocar os pés aqui. — E saiu.

Danilo sentiu um calafrio. Do que ela estava falando, afinal? Franziu o cenho. Será que estava pensando em mata-lo?

— Danilo? — A voz de Maraisa o chamou.

Ele se virou. Maraisa estava em pé com Lia nos braços, ao lado dela estava Marília que o observava dos pés a cabeça. Porém, os olhos do Danilo estavam voltados para a pequena nos braços de Maraisa... Sua filha... Sua filha! O seu coração encheu-se de amor e os seus olhos de lágrimas. Sentiu a sua garganta ficar seca, iria chorar...

— Oi... — Danilo murmurou com um fio de voz, aproximou-se. Lia o olhava insistentemente. Os grandes olhos castanhos acompanhavam os seus passos.

— Essa é a sua filha... Lia... — Maraisa falou baixinho.

Danilo levantou a mão trêmula para tocar na cabeça de Lia. As lágrimas caíram do seu rosto ao acariciar a sua filha, o seu coração se aqueceu. Era a sua filha! Não tinha dúvidas disso.

— Posso pegá-la?

— Claro...

Maraisa passou Lia para os braços do Danilo que começou a chorar. Abraçou a filha e deu muitos beijinhos em sua bochecha. Lia não entendia nada, mas aceitava aquele carinho.

— Oh meu amor. Eu te amo tanto, minha filha! Minha filha! Papai te ama! — Danilo dizia em seu choro, sem parar de beijar a sua filha. Depois afastou o rosto para olhá-la direitinho. — Você é perfeita. Um anjo!

Marília assistia a cena enciumada... Estava gostando da ideia de ter Lia apenas pra si.
Maraisa estava emocionada e limpava as suas lágrimas. Danilo afastou-se com Lia, e sentou-se debaixo do guarda-sol próximo a piscina. Ele soltava palavras carinhosas para sua filha.

Faz De ContaWhere stories live. Discover now