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Rô estava distraída na feira quando esbarrou em uma pessoa.

- Presta atenção por onde anda! - Rô irritou-se.

- Presta atenção você, babaca. - A pessoa retrucou. - Quem manda andar no mundo da lua?

Rô revirou os olhos ao ver quem era na sua frente. De todas as pessoas do mundo, não queria encontrar com aquela louca.

- Eu ando da forma que eu bem entender. — Rô respondeu. - Que eu me lembre, você que esbarrou em mim, não foi eu que esbarrei em você.

- Não é isso que eu acho.

- Pouco me importa o que você acha. - Rô retrucou, dando ás costas. Mas antes que pudesse andar, voltou a ser abordada pela mulher. - O que é? - Disse irritada.

- Você sempre fica nervosinha quando está junto á mim.

Rô ficou séria e com raiva. Parecia um castigo! Quanto mais odiava as irmãs Mendonça, parecia que elas brotavam em seu caminho. Tinha encontrado apenas uma vez Maiara, e não queria encontra-la novamente. Logico que não estava com sorte.

- Não se ache muito, apenas a sua espécie que me dá asco. - Rô soltou.

Maiara riu. Amava aquela mulher! Tinha que admitir que queria muito encontrar Rô, só que não sabia como. Quando a viu na rua, tinha que abordá-la de alguma maneira, então, fingiu o esbarrão. Ela estava mais linda do que recordava.

– Adoro elogios, me deixam muito feliz. — Maiara sorriu sem se importar com a hostilidade. — O que está fazendo aqui? Aqui não parece ser o seu mundo.

Rô olhou as roupas de Maiara... Estava parecendo uma hippie.

- Ao contrário de mim, esse lugar parece muito á sua cara. Bem ralé.

- Isso não responde a minha pergunta.

- Por que não é da sua conta.

Quanto mais marrenta, mais Maiara iria ficar apaixonada. Adorava uma mulher brava. Eram as melhores na cama. Pensar em cama na frente de Rô desencadeava as fantasias que imaginou no longo desses três meses.

Me dá uma carona. — Maiara falou.

Rô deu uma risadinha.

- Como é?

- Me dá uma carona. Estou sem carro, e como você está aqui... Estou unindo o útil ao agradável. - Maiara sorriu bem charmosa.

Rô achou aquele sorriso cativante. Franziu o cenho com o seu pensamento. Deveria está muito necessitada mesmo. Lembrou-se o que sentiu quando tocou Maiara no dia do show... Era tudo reflexo da sua carência.

- Não sou obrigada á lhe dar uma carona e adivinha? Não irei. — Rô informou com um sorriso cínico.

Maiara estralou a língua.

- Eu sabia que não iria. Você é medrosa, tem medo de mim.

– Por que eu teria medo de você? — Rô apertou os olhos.

- Porque você sabe o que está acontecendo entre nós... - Maiara a encarou.

Rô riu.

- Você está louca? Fumou um baseado? Não está acontecendo nada entre nós. Eu...- Rô começou a falar, mas parou quando sentiu o toque de Maiara em seu braço, aquela corrente elétrica enlouquecedora a fez perder á voz.

Era desejo sexual! Forte e intenso.

- Então. Vai me dar uma carona? — Maiara insistiu.

Fazia quanto tempo que não sentia uma eletrizante daquela em seu corpo? Tinha que admitir para si mesma que nem quando estava beijando Maraisa, sentia essa intensidade. Imagina só com um toque. Era uma mulher dada ao amor. Não gostava de ignorar as reações do seu corpo e também nem de perder as oportunidades.

Faz De ContaWhere stories live. Discover now