60

1.9K 246 176
                                    

Ruth estava dormindo quando de repente a sua mente surgiu à imagem do que aconteceu no dia que sofreu o acidente, rapidamente despertou e sentou-se na cama com dificuldade. Estava suada e ofegante. Não foi um sonho! Lembrou-se do que tinha acontecido. Caio e Lauana... Lembrou-se de tudo que o Caio tinha falado para Lauana... Depois que sentiu um impacto em sua cabeça.


Não foi um acidente! Foi uma tentativa de assassinato! Lembrou-se da Lauana incentivando o Caio para que a matasse. Sentiu um calafrio em seu ser ao se lembrar que estava vivendo com o assassino embaixo do seu teto.

— Querida? — Mário chamou com o cenho franzido ao acordar e ver sua mulher sentada. Sentou-se também. — Você está bem? O que foi? — Perguntou, acariciando o rosto de sua mulher. — O que aconteceu? — Mário perguntou baixinho, limpando as lágrimas da esposa.

Ela contou tudo, omitindo a parte do seu sobrinho. Achava que futuramente o Caio pudesse ajudar no caso, por isso, não contou nada sobre ele. Mário ficou horrorizado, queria tomar satisfação com Lauana, mas foi impedido pela esposa.

Lauana era uma mulher muito perigosa. Tinha que ter cuidado com ela. O melhor á se fazer era armar uma armadilha. Mário ligou para o detetive que estava acordado com aquela hora da noite e contou tudo. Ele orientou que agisse normalmente com Lauana, e que iria imediatamente prendê-la. Era muito importante não fazer nenhum alarde para que Lauana não fugisse.

Seria muito difícil para Ruth e Mário fingir que não sabiam de nada, mas era melhor assim. Queria ver Lauana atrás das grades. Aquela mulher era uma psicopata! Tinha que pagar por todos os seus crimes.

Ficaram esperando o detetive que poderia chegar logo ou não. Não conseguiram dormir. Até trancar a porta e as janelas Mário fez por medo. Não sabia quando a Lauana fosse atacar. Era melhor está prevenido. Até a sua arma do cofre do quarto retirou e deixou debaixo do travesseiro. O medo e também o sentimento de revolta estava ardendo em seus peitos. Bem que os seus filhos avisaram. Fez tanto pela Lauana, e era assim que recebia a gratidão?
Deprimente.

Agora entendia o motivo que Lauana estava cuidando da Ruth, não era por amor... E sim por cautela, estava à espreita, esperando que Ruth se lembrasse de alguma coisa para romper com a vida dela. Esse pensamento fez com que Ruth e Mário estremecessem na cama; Fora as outras questões: A separação de Marília e Maraisa... Ruth foi obrigada a contar o marido sobre o Caio, porque a questão do envenenamento vinha ao ar... Caio estava acusando Lauana no dia do acidente.
Foi agonizante para o Mário se dar conta que o seu sobrinho não valia nada. Mas não iria de nenhuma maneira aliviar a barra do mesmo. Era um marginal e deveria ser preso assim como Lauana também iria ser.

— Será que ele vai demorar muito? — Ruth perguntou nervosa.

— Acredito que não, meu bem. Fique calma, tudo será resolvido e essa criminosa estará bem longe de nossas vidas. — Mário acariciou o antebraço de Ruth.

— Farei questão de deixa-la apodrecendo atrás das grades. — Garantiu.

Ruth deu um ar de sorriso, mas tinha muito medo de que alguma coisa saísse errado. Lauana era um perigo para a sociedade.

Lauana estava em seu quarto, terminando de passar o seu creme no rosto quando escutou um barulho de motor de carro. Estranhou. Mário já estava em casa... E geralmente, ninguém vinha a essa hora da noite. Levantou-se e espiou pela janela. Ficou em pânico ao ver que era a polícia, viu quando o Mário foi recebê-los e apontou para a janela do seu carro. Droga! Será que o Caio tinha aberto a boca?

Correu para o quarto de hospedes. Eram os únicos que as janelas ficavam do lado oposto. Se saísse do seu quarto, eles a viriam. Seria questão de tempo. Abriu a janela, e olhou para baixo. Puta merda! Era muito alto. Apertou as mãos na cabeça e andou de um lado para o outro. Tinha que pensar... Pensar! Não podia ser presa.

Faz De ContaOnde histórias criam vida. Descubra agora