47

1.8K 211 316
                                    

CONFERE SE LEU A MARATONA TODA. COMEÇA NO CAPÍTULO 40 E IRÁ ATÉ O 50.

De volta ao solo pernambucano. Maraisa quase chorou quando finalmente o ônibus tinha parado na rodoviária do TIP. Estava esperando o Danilo, parecia que Lia compartilhava da mesma agonia. Estava agitada. Tentava se acalmar e também a sua filha. Não demorou muito para que Danilo surgisse... Cumprimentaram-se com sorrisos e um rápido abraço. Porém, a recepção maior foi entre pai e filha.


—Nunca mais suma com ela. Nunca mais a afaste de mim. Ouviu bem? Ou eu a caço no inferno! — Danilo disse sério. Estava abraçando Lia com muito carinho e saudade.

— Sim. Não se preocupe... Não farei mais isso. — Maraisa respondeu um pouco envergonhada. — Você pode ficar com ela essa manhã? Tenho que resolver a minha situação. — Perguntou quando entraram no carro.

— Posso ficar com ela á semana toda, se quiser. — Danilo sorriu e olhou a sua filha pelo retrovisor. — Ela parece bem maior nessas últimas semanas.

— Sabe que também achei isso?

Os dois sorriram. Lia balançava o chocalho e falava a sua língua estranha. Maraisa estava tão nervosa. Não sabia como Marília iria recepciona-la, mas torcia para que fosse com um enorme beijo e abraço!

Suspirou ao pensar nisso... Todo o seu corpo reagia em ansiedade e também em saudade quando pensava em sua esposa. Sabia que as palavras seriam poucas para se desculpar de sua atitude. Mas estava disposta a passar uma borracha no passado e seguir em frente com a história de amor.

Conversou muito pouco com o Danilo. Soube através do mesmo que Marília estava residindo no apartamento. O seu nervosismo não permitia trocar mais do que duas palavras. Danilo entendeu. Ele mesmo ficava assim sempre que tinha uma briga com o Gustavo iria se conciliar. Parou na frente do prédio.

— Obrigada. Á tarde, eu a pego. Ok?

— Por que não amanhã? — Danilo deu um sorriso cumplice. — Aposto que vocês têm muito que “conversar”.

Maraisa riu, não ficou nem um pouco envergonhada. Saltou do carro, abriu a porta traseira e se despediu de sua filha com muitos beijos.

— Depois pego as minhas malas.

— Boa sorte.

Maraisa acenou para Danilo que partiu com o carro e foi até a portaria. O porteiro a conhecia, e liberou a porta.

— Dona Mara, quanto tempo!

— Algumas semanas, Severino. — Maraisa respondeu com um sorriso. — Sabe informar se Marília está em casa?

— Sim... Ela chegou muito animadinha com... — Severino deu um sorriso amarelo. Já tinha tido muitos problemas com os moradores por sua boca grande, resolveu se calar. — Enfim, pode ir.

Maraisa estranhou, mas sua ansiedade para ver a sua esposa foi demais. Subiu no elevador e parou no andar de Marília. Antes mesmo de descer, se olhou no espelho, apesar das olheiras estava bonita. Respirou fundo na porta antes de ter coragem de tocar na campainha... Tocou muitas vezes antes de escutar um resmungo alto... Sorriu e seu coração se acelerou ao ouvir a voz de sua amada, mesmo sendo um palavrão.

Levantar a cabeça foi uma tarefa muito árdua para Marília... Parecia que tinha recebido diversas pedradas nas parentais;

Pior que o som da campainha não ajudava em nada. Abriu os olhos e quis morrer. Estava tonta, enjoada e também com muita dor de cabeça. Choramingou. Mexeu-se e sentiu um braço possessivo em sua barriga.

Faz De ContaWhere stories live. Discover now