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O dia amanheceu, e junto com ele os contratempos começaram. Marília acordou se sentindo muito mal. O seu estômago estava lhe matando. Passou muito tempo namorando o vaso sanitário. Será que tinha pegado uma infecção intestinal? Ou estava com crise de fígado? Ou simplesmente o seu estômago estava frescando com a sua cara? Não sabia, mas estava odiando essa sensação.


Depois que os enjoos e os vômitos pararam. Tomou um omeprazol para o estômago e um plasil para a náusea. Tomou um banho de cabeça. Poderia ser a ressaca também. Tinha ficado até altas horas bebendo com o Murillo e Maiara.

Vestiu-se despojadamente. Uma blusinha solta, short jeans e rasteirinhas. Iria buscar Lia, só estava esperando uma hora adequada. Sabia que a pequena dormia até tarde. Foi para cozinha preparar algo para comer e que não fosse tão nocivo para o seu estômago.

Encontrou Maiara sentada com uma xícara de café nas mãos.

- Bom dia. - Marília cumprimentou.

Maiara olhou para a sua irmã e fez uma careta. A loira estava muito pálida, com um aspecto doentio.

- O que você tem?

- Não sei. Acho que comi alguma coisa que me fez muito mal. Desde ontem que estou enjoada, e vomitando. Achei que estava com infecção intestinal, mas não tive diarreia. - Marília estava com a cara na geladeira. Procurando o que comer, optou por um iogurte grego.

- Você também está muito magra. Esse short está quase sambando em seu corpo. Não acha melhor ir ao hospital? - Maiara se preocupou.

Marília fez uma careta. Não queria aumentar o grau da situação. Também não queria se preocupar. Abriu o iogurte e começou a comê-lo.

- Não precisa. Acho que a perda de peso é consequência da dor de amor.

- Sei não... - Maiara deu um gole de café, observando a sua irmã. - Está com sutiã de enchimento?

- Não. - Marília torceu o nariz. - Você sabe que não preciso disso.

- Os seus seios estão maiores do que o natural. Estranho né? Deveriam estar menores dando em conta que quando emagrecemos os seios e o bumbum também vão embora.

Marília não deu muita importância ao comentário da irmã.

- Devo estar no período menstrual.

Maiara ficou pensativa. Geralmente, Marília menstruava um dia depois que ela. E o dia ainda estava um pouco distante.

- Mudou de dia? Você sempre menstrua dia 28.

Marília parou a colher próximo da boca, a sua irmã estava parecendo uma ginecologista.

- Não mudei de dia... Mas, posso ter mudado... Não é nada anormal. O que é que você está pensando?

Antes de Maiara abrir a boca, Murillo apareceu na cozinha. Estava apenas de cueca, era muito sem noção mesmo. Desejou um bom dia mau humorado e foi até a geladeira. Tirou o queijo e ovos.
Colocou uma frigideira para esquentar, enquanto, esperava coçava o saco. Sem lavar as mãos, começou a manusear os alimentos.

Marília fez uma cara de nojo, Maiara também que lançou um olhar para irmã: "Foi esse cara que você deu sem camisinha". O cheiro dos ovos invadiram a cozinha, e o estômago de Marília embrulhou, sem nenhuma palavra a mesma correu para o banheiro.

- Ué. O que aconteceu? - Murillo perguntou.

Maiara respirou fundo e deu um longo gole de café... A sua irmã não tinha percebido ainda... E isso seria um imenso abacaxi.

Faz De ContaWhere stories live. Discover now