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Maraisa ficou parada em frente da porta com o cenho franzido.


Oque tinha acontecido? Não estava entendendo nada.

Tinha alimentado a Lis, e trocado a roupinha dela. A fralda não estava suja, então, foi até a cozinha pra lavar a mamadeira. Voltou, trocou de roupa... Colocou o seu baby doll, um pouco envergonhada. Como achava que ficaria sozinha no quarto, não tinha trazido nenhuma roupa descente para dormir. Estava penteando os cabelos quando escutou a Marília chamar o seu nome.
Ela parecia que estava perdida em outro mundo.

Confusa, voltou para a cama.
Ajeitou Lia no meio dela e deitou-se, puxando as cobertas. Não sabia onde a Marília iria dormir, mas conhecendo o pouco que conhecia, dava para saber que seria na cama.

Ficou pensando na voz de Marília... Estava ofegante, deliciosa... Um tesão. Quase orgástica. Será que? Não. Não mesmo.

Afastou o pensamento da cabeça porque o seu sexo fisgou na hipótese de que a loira estivesse se tocando pensando nela. Mas bem que queria que fosse verdade... Poderia até ajuda-la a chegar ao orgasmo.
Sua respiração foi ficando alterada ao imaginar tocando a Marília...

Os seus mamilos ficaram endurecidos e marcaram o tecido fino de sua blusa. Horrorizada pelo comportamento do seu corpo, levantou o edredom até a altura de suas clavículas. O seu corpo estava bem escondido, mas a sua respiração continuava rápida e intensa. Tinha que se acalmar! Não podia deixar que Marília percebesse o seu estado.

Mas aquela voz... Aquela voz não saia de sua cabeça, o jeito que foi pronunciado... E se fosse em seu ouvido? Arrepiou-se em imaginar, todo o seu corpo tremeu com a possibilidade. Estava tão excitada que suspiros eram arrancados de seus lábios inconscientemente.

Foco. Precisava de foco. Precisava ignorar a excitação quente do seu corpo. Ter a coberta a cobrindo também não a ajudava em nada! Estava morrendo de calor e mesmo com o ar condicionado ligado, não estava vencendo a combustão que a consumia por dentro.

Fechou os seus olhos e tentou dormir. Mas não conseguia, a sua temperatura estava tão alta que sentia o seu corpo suar, afastou a coberta, esquecendo-se completamente da condição do seu corpo. Balançou a cabeça de um lado para o outro tentando dissipar as fantasias perigosas que lhe torturava.

Era uma depravada! Como podia pensar em sexo com a sua filha ao seu lado? Abriu os olhos e olhou para Lia. Respirou fundo. Ficou fazendo carinho na cabeça de sua filha, isso foi ajudando a clarear os seus pensamentos e também o seu corpo.
Uns minutos depois, a porta do banheiro se abriu... Maraisa não queria levantar os olhos, mas o cheiro de Marília a atraiu... Levantou os olhos, seu queixo quase caiu... A loira estava com uma camisola pequena e fina, quase transparente, da cor preta. Podia até ver a calcinha minúscula que a mesma usava.

Céus. Que corpo era aquele? Maraisa se sentiu queimar novamente.
As duas se entreolharam... Era nítido o desejo em seus olhos. Á vontade estava gritante e por um momento, cogitaram e hipótese de consumir esse desejo, porém, nenhuma das duas tomou a iniciativa.
Marília se aproximou da cama e deitou-se nela.

— Desculpe pela camisola. Eu achei que ficaria sozinha no quarto... — Marília disse, cobrindo-se até a cintura.

Maraisa ficou ereta na cama, sentindo dores físicas pela excitação não consumida.

— Tudo bem. Nenhuma das duas estava preparada para isso. — Maraisa murmurou.

Mas logo fechou os olhos, não querendo olhar demais para o corpo de Marília e não ser traída pelo seu próprio querer.

— É... Não mesmo. — Marília suspirou, virando-se para o lado. — Geralmente, durmo nua...

Maraisa apertou mais os olhos e abraçou a sua filha. Estava sem nenhum pingo de sono. Marília também não estava! Porém, ficarem quietas, a noite seria longa.
E que Deus as ajudasse...




Eu posso estar em um dia péssimo, mas não supera Maraisa e Marília ...🤡

Faz De ContaWhere stories live. Discover now