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Agora eu estudo a tarde galerinha, paciência.
Depois posto os outros três, saio daqui 18:10🤡

...

Felizmente, Marília tinha entendido a leitura labial de Maraisa. Foi preciso muito autocontrole para não colocar tudo á perder.

Quando abriu a porta e fechou, não saiu da casa, apenas se escondeu atrás do sofá. Sua mente estava fervilhando e a adrenalina começava a correr em seu sangue, precisava fazer alguma coisa, não podia deixar Maraisa e Lia á mercê da louca da Lauana. Tirou o seu celular do bolso, e procurou um número na agenda. Era o número do detetive. Assim que achou, mandou uma mensagem pedindo socorro, informou o endereço de Maraisa.

Depois, mandou uma mensagem para Maiara. Dizendo que Lauana estava dentro da casa, e que a irmã ficasse de sobreaviso.

Maiara surtou quando leu a mensagem. Quis entrar na casa, mas como se lesse o seu pensamento, recebeu outra mensagem de Marília pedindo que não fizesse nada por impulso, pois, Maraisa e Lia estavam sob a mira de um revólver.

— O que vamos fazer? — Murilo perguntou com medo.

— Não sei. — Maiara respondeu com o semblante pesado. — Temos que esperar... Ai
vou ligar pra policia.

E assim, Maiara fez.

Dentro da casa, o clima estava mais que tenso. Marília queria alguma coisa para atacar Lauana, em pé escorado na parede tinha um guarda-chuva. A loira o pegou, não era exatamente o que queria, mas poderia bater com o cabo na cabeça da mulher.

Maraisa estava chorando e Lia também. Pensava numa rota de fuga, mas era impossível com aquela louca apontando aquela arma para ela. Rezou silenciosamente. Se saísse com vida, ela e sua filha seria a maior livramento que poderia receber.

— Você disse que nos deixaria em paz depois que eu terminasse com a Marília! — Maraisa falou alto, acusando-a.

Lauana deu um sorriso malvado. Poderia ser tão bonita, se não fosse tão desequilibrada.

— Mudei de ideia. O que causaria mais dor em Marília se não for perdê-la juntamente com esse buldogue? Quero que ela saiba que as matei só para atingi-la e que fique remoendo de angustia todos os dias. — Lauana falou sonhadora. — Será que ela aguentaria viver com esse remorso? Sinceramente, acho Marília muito instável emocionalmente.

Uma louca querendo bancar de psicóloga. Seria cômico, se a situação não fosse tão trágica.

— Não precisa terminar assim. — Maraisa tentava dialogar, queria ganhar tempo para resolver essa situação.

Lauana destravou a arma. O choro de Lia aumentou, antecedendo o que estava pra acontecer. Marília e Maraisa tremiam muito, uma em cada lado. O medo esfriou a carne de ambas. Era hora de agir!

— Eu acho que não. O tempo acabou. Mas como eu sou muito boazinha, deixarei que desfrute a morte de sua filha primeiro... — Lauana mirou a arma em Lia.

Maraisa implorou para que não fizesse isso. O minuto transformou-se em eternidade. O tempo parecia que tinha parado. Única coisa que podia ser escutado era o som alto do coração da morena que abraçava a filha como isso fosse protegê-la.

Marília saiu detrás do sofá e andou em passos rápidos até Lauana. Lia assim que a viu, estendeu os bracinhos e chamou com as mãos pequenas e gorduchas.

— Mamma Lila! — Lia chorou.

Isso desviou atenção de Lauana que olhou para trás no mesmo instante que recebeu um golpe no rosto. Isso a desequilibrou e também a pegou de surpresa. A arma voou e caiu bem próximo de Maraisa que se levantou com Lia no braço, na agitação da adrenalina e segurou a arma. Não sabia o que fazer com aquilo, mas ao menos, não tinha um perigo latente.

Faz De ContaWhere stories live. Discover now