Capítulo 48: concessões

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Dedicado a todos que ficaram extremamente tristes pela ausência da Cait ontem na premier... Fiquem firmes! 🤍

P.s: desculpa a demora

P.s: não matem a autora 🤍

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— Você o que? — Repetiu apático.

Suas pupilas estavam dilatadas, sua boca aberta – como um peixe fora d'água –, suas mãos tremiam levemente e ele inspirava com dificuldade, como se fosse muito difícil continuar respirando.

Respirei fundo e repeti, não tinha escapatória agora.

— Eu fiz um exame de DNA.

Sam piscou.

E piscou de novo.

Mas não disse nenhuma palavra.

Eu estava começando a ficar muito ansiosa e prestes a ter um colapso. Por que ele não falava nada? Por que ele não fazia nada? Ele simplesmente ficou lá parado na mesma posição.

Coloquei uma das minhas mãos trêmulas sobre minha barriga, tentando conter a minha ansiedade e o meu medo.

— Eu... — Sam começou, atraindo o meu olhar, mas se calou quase imediatamente.

— Sam? — Sussurrei, incentivando-o a continuar.

Seu olhar caiu em mim, tão pesado quanto uma nuvem carregada de água e senti todos os meus músculos ficarem tensos com a premissa do que estava por vir.

Sam abriu a boca de novo:

— Eu não acredito que você tenha feito um teste de DNA pelas minhas costas.

— Sam...

— Eu não terminei — Esbravejou, me calando imediatamente. Eu nunca o vi tão furioso desde quando o conheci. Nunca. — Pior. Eu não posso acreditar que você tenha me deixado no escuro durante todos esses meses sabendo quem era o pai da ervilhinha! — explodiu — E me deixou imaginando! — ele me deu as costas — Temendo! Todos os dias, nos últimos seis meses, que a minha filha pudesse ser arrancada de mim. — ele se virou de novo para mim e nesse momento havia decepção pura em seus lindos olhos azuis — Você fez a porra de um exame de DNA e simplesmente não me contou! Você entende o quão fodido é isso, Caitríona? Que você sabia, você sabia cacete! Sabia durante todos esses meses quem era o pai biológico da Ervilhinha e decidiu esconder isso de mim.

Sam...

Ele me deu as costas, não me dando a oportunidade de falar mais nada conforme caminhava em direção a porta.

— Sam, por favor, me escuta!

— Não. — ele se virou então, furioso, na minha direção — Eu não posso ficar aqui agora.

O que? — Sussurrei, sentindo meu coração se acelerar em meu peito, tornando muito difícil respirar ou raciocinar direito. Ele não podia ir! Ele não podia me abandonar de novo! — Você não pode ir!!!! — Ataquei, sentindo as lágrimas turvando minha visão — Não! Você não pode ir! — minha voz falhou, quando agarrei sua manga, segurando firme.

— Eu estou me segurando, Cait. — a dor em sua voz me quebrou. E eu o soltei. — Estou me segurando muito para não dizer algo que eu me arrependa depois. Eu preciso ir.

— Você não pode! — neguei, sentindo todas as minhas inseguranças aflorarem. — Você não pode me abandonar.

Não de novo.

One More NightWhere stories live. Discover now