Capítulo 52: O outro

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Dedicado as minhas mirmãs que estão sempre comigo, sem vocês eu não conseguiria chegar até aqui! 🤍🦋

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Sam

Eu odeio esse travesseiro.

Eu odeio esse travesseiro.

Eu ODEIO esse travesseiro!

Fiz careta para ele.

Você nem deveria existir.

Eu te odeio!

Bufei, dando as costas ao travesseiro maldito.

Apesar do meu desejo de que ele desaparecesse por mera vontade, eu sabia que ele ainda estava lá – como um barreira entre Cait e eu – e que permaneceria por mais algumas semanas.

Algumas semanas? Ri mentalmente. Caitríona nunca mais vai largar esse travesseiro infeliz. É mais fácil ela me largar depois que a ervilhinha nascer do que a ele...

Fiz outra careta.

Eu vou ter que jogar esse travesseiro fora.

Não! Por que pensar pequeno?!

Eu posso queimá-lo e depois jogá-lo no fundo do oceano!!!

Caitríona nem precisaria saber!!! Eu poderia dizer que foi culpa da ervilhinha... Acidentes acontecem... Principalmente com recém-nascidos sem controle de seus intestinos.

Ia funcionar! E então eu poderia ter minha namorada de volta, aconchegada a mim e não ao travesseiro!

Bufei novamente e me remexi na cama.

Eu sou patético.

Esse travesseiro é literalmente a única coisa que fez com que Cait pudesse dormir confortavelmente desde que sua barriga se tornou grande demais a ponto de que ela nem ao menos conseguisse ver os seus próprios pés. Não posso ficar bravo com ela por ter encontrado um conforto melhor do que os meus braços para conseguir dormir.

Meu problema não era ela, era ele.

Ele me afastava dela.

Ele me deixava sem Cait para abraçar e me aconchegar.

Ele me deixava solitário.

Bufei.

Patético.

— Por que você está se remexendo e bufando tanto, Heughan? — Cait murmurou, sua voz baixa e rouca de quem tinha recém acordado.

— Não queria te acordar... — murmurei baixinho de volta, me sentindo culpado.

— Eu não durmo muito com essa bexiga de velha, Sammy. — Ela se remexeu, tentando levantar.

Me levantei e contornei a cama, oferecendo a ela meu braço para ajudar.

Pensei que ela reclamaria, diria "estou grávida, mas ainda consigo levantar sozinha", mas ela só aceitou meu braço sem protestar.

One More NightWhere stories live. Discover now