Capítulo 49: tudo desmorona

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Dedicado a últimas entrevistas de SC que me dão mil anos de vida ❤️

Atenção: conteúdo adulto 🔞

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Eu poderia matar o Tony neste momento e tenho certeza que ninguém sentiria falta. Eu poderia até mesmo sair impune do crime por conta da minha condição e tendo em vista que faria um favor ao mundo, se eu simplesmente esganasse esse tremendo filho de uma puta!

Eu tremia de ódio.

Como ele pôde ter feito uma coisa dessas?

E como eu poderia resolver tudo?

Senti os braços musculosos de Sam ao meu redor enquanto ele murmurava palavras de consolo ao meu ouvido, mas eu não estava escutando. Mesmo assim, senti meu coração se acalmar apenas com a sensação de proteção que eu tinha quando ele estava comigo.

— Vai ficar tudo bem. — um beijo na parte traseira da minha cabeça e um abraço mais firme.

Relaxei contra o seu peito sabendo que independente de qualquer coisa, Sam estaria sempre comigo.

HORAS ANTES

Eu odiava ter que calçar sapatos a essa altura da gestação. Eles apertavam meus pés já inchados e me deixavam incrivelmente desconfortáveis.

— Tem certeza que você quer ir? — Sam questionou me olhando da porta do nosso closet. Que em breve seria nosso ex-closet, suponho.

— Você sabe que eu não quero ir, Sam. — tentei alcancar o fecho da bota, mas minha barriga me impedia de alcançar tão longe.

Sam se aproximou e se agachou na minha frente, tomando as botas em suas mãos. Olhei em sua direção. Ele estava com um bico de concentração, mas não tinha se movido para calçar o meu sapato.

— Sam...

— Eu sei, Cait. — Ele ergueu o seu olhar para mim. — Eu sei que você precisa ir e resolver as coisas, mas...

— Você tem medo.

Ele suspirou.

— Sei que parece bobo para você, porque você já disse o que pensa e a que pé nós estamos... Mas não posso deixar de pensar que isso tudo pode ser arrancado de mim em um piscar de olhos — seus olhos se enchem de lágrimas — E eu não faço mais a mínima fodida ideia de como é viver sem vocês.

Vocês.

Suas palavras fizeram meu coração saltitar. Era sempre vocês. Porque para ele o nosso nós era composto por nós três e não mais nós dois.

— Amor... — estendi minha mão, tocando a lateral do seu rosto com carinho. — Você nunca vai ter que descobrir isso, eu prometo.

Ele colocou sua mão sobre a minha e a levou até a sua boca, beijando-a ternamente.

— Eu não suporto esse cara. — Ri.

— Você não é o único, Sammy.

Ele me deu mais um beijo na palma da mão e a soltou. Ele pegou uma das botas de novo e colocou em meu pé, fechando-a. Seus dedos causando pequenos arrepios em minha pele coberta pela calça. Ele pegou a outra bota e fez o mesmo, minhas pernas estavam pegando fogo apenas com aquele contato inocente.

One More NightOnde as histórias ganham vida. Descobre agora