Capítulo 15: 1° semana

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Dedicado a Gisele!
Muito obrigada Gi por ser a maior incentivadora da fic desde sempre ❤️

Hoje completava uma semana desde a mudança de Sam para cá. Tínhamos conseguido passar por ela sem mais "incidentes" ou quase beijos, mas não sem flertes. Não conseguíamos não flertar um com o outro, era algo mais forte que nós dois e do que a minha regrinha. Além das coisas que não deveríamos fazer, Sam, estava sendo tudo aquilo que havia me prometido. Meu porto seguro, meu apoio, meu melhor amigo.

Sam de alguma forma sempre sabia a hora que eu deveria tomar cada uma das minhas vitaminas e se certificava de que eu as tomasse, mesmo quando, estava longe ou quando estávamos filmando, ele dava um jeito de me avisar e de me fazer tomar.

A sua rotina era seguida estritamente. Antes que eu acordasse ele saia para malhar, tomava banho e preparava o café da manhã, só com coisas que eu conseguia consumir e que não me dessem náuseas fortes, mas de toda forma, sempre acabávamos o café comigo pateticamente prostrada na frente do vaso sanitário, enquanto Sam, permanecia atrás de mim ou ao meu lado, segurando meus cabelos e fazendo movimentos circulares nas minhas costas para me ajudar. E todo santo dia eu implorava para que ele me deixasse lá sozinha, já era horrível o suficiente vomitar toda manhã e com com ele assistindo... mas ele se negava com veemência e continuava lá, sendo meu apoio.

— Sai daqui! — Mandei novamente, ele nem se moveu.

— Já passamos por isso quantas vezes nessa semana, Cait? — Apoiei meus braços na lateral do vaso e ele se aproximou, o máximo que pode para segurar meus cabelos.

— E você poderia me ouvir ao menos uma vez! — Despejei tudo dentro do vaso, e respirei fundo ao erguer a cabeça.

Estávamos os dois sentados no chão do banheiro, mais uma vez. Eu estava quase dentro do vaso me apoiando nas laterais. Sam permanecia atrás de mim virado em direção a porta, podendo me olhar apenas pelo canto do olho, enquanto segurava os meus cabelos.

— Se sente melhor? — Encostei minha cabeça em seu ombro e ele acariciou meus cabelos.

— Quando isso vai acabar?

— Receio que vá demorar um tempinho ainda... — beijou minha testa. Éramos apenas nós ali. Sem títulos, sem carreiras, sem barreiras. — Você quer que eu ligue para a doutora Palmer de novo?

— Deus, não! — Ri. — Ela vai achar que você é um exagerado!

— Você está colocando suas tripas para fora, Caitríona. — Retorquiu franzindo o cenho em preocupação.

— Eu vou ficar bem, Sammy. E não tem nada que ela possa fazer, além do que já fez. — Assegurei. — É melhor saímos daqui antes que o cheiro me desperte a vontade de vomitar novamente.

— Consegue se levantar? — Ergui a cabeça de seu ombro e assenti. Ele se levantou e me estendeu a mão para me erguer. Deu descarga, enquanto eu me arrastava até a pia para escovar meus dentes novamente. — Eu vou buscar água e uma maça para você. — Assenti com a boca cheia de pasta de dente.

Tomei um banho rápido para eliminar qualquer vestígio do cheiro amargo e pungente, e sai enrolada em meu roupão para dar de cara com Sam segurando o que me prometeu.

— Sente e coma! — Ordenou e eu revirei os olhos.

— Eu não sou uma criancinha.

— Já estou treinando. — Ri e mordi a maça, meu estômago protestou, mas acabou aceitando de bom grado. — Vamos Balfe, temos dez minutos para sair antes de ficarmos atrasados.

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