Capítulo 63: Depois do parto

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Dedicado a democracia!

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Sam

As coisas ficaram um pouco confusas depois que nossa filha nasceu.

Estávamos totalmente distraídos com a nossa menininha. O que era totalmente compreensível levando em conta que esperamos quase 10 meses para conhecê-la e que ela era a coisinha mais linda que nós já vimos.

Até que ela começou a chorar de novo.

Não um choro calmo e tristonho de recém-nascidos como fez ao nascer que mais parecia miadinhos de gatos. Mas berros e gritos de puro desespero agoniado.

Shiuuuuu... — Cait tentou ninar nossa bebê, a balançando levemente em seus braços — Mamãe está aqui, meu amor. Tudo vai ficar bem...

Não funcionou.

Ervilhinha apenas começou a chorar mais alto e mais forte, como se mandasse Cait parar de falar e fazer alguma coisa! Eu e minha noiva nos entreolhamos e senti o meu desespero refletir em seus olhos.

"O que faremos?"

"Não faço a menor ideia!"

— Tentar amamentar? — sugeri, sofrendo com a agonia da minha filha.

O amor de pai era uma coisa engraçada... Ao mesmo tempo que eu sabia que mal a conhecia, a final, ela tinha acabado de nascer, sentia como se minha vida não existisse realmente antes dela, como se, agora que ela está aqui, tudo o que aconteceu antes não importasse mais, como se eu a conhecesse a minha vida toda.

"As estrelas se alinharam".

A frase de Cait ecoou em minha cabeça e lágrimas inundaram os meus olhos.

— ...Eu não sei como.

Ele sacudiu a cabeça, dissipando os seus pensamentos e focando no que importava agora: acalmar Ervilhinha.

— Não deve ser tão difícil, amor... — coloquei a mão na cabeça da nossa filha, reajustando sua posição para que sua boca ficasse próxima ao peito da mãe — Deve ser da mesma forma como eu...

— Não termine essa frase! — ela me interrompeu e eu seguro uma risada.

— Eu nem ia falar nada.

Ela me deu seu melhor olhar de "finge que me engana, Heughan".

— Ela não está pegando.

Ervilhinha estava cada vez mais agoniada e o choro mais desesperado.

— Ela provavelmente não sabe como fazer ainda, talvez se aproximar o peito dela...

Cait estava tão exausta, que fui eu quem segurou seu seio sensível e aproximei da boca da nossa filha. Ela não pegou.

— Ela não está pegando! — Repetiu choramingando.

— Calma, meu amor... — Beijei o topo de sua cabeça e tentei aproximar o bico do peito para a bebê novamente, mas ela apenas se afastou berrando.

— Sam...

— Vamos lá, Aylla... Não mate sua mãe de desespero e ansiedade no seu primeiro dia de vida...

— O que é que... — nós dois erguemos os olhos para a porta do quarto deles, estoicos.

Nós tínhamos esquecido.

One More NightWhere stories live. Discover now