Capítulo 22: Provocações

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Dormir abraçado com Caitríona usando apenas sua camisola minúscula que não servia realmente para tapar nada era agonizante. Agora, dormir abraçado com Caitríona nua sem poder toca-la da forma que meu corpo implorava, sem percorrer minha mão por todo sua extensão, sem traçar o caminho tão conhecido para suas camadas mais profundas era uma verdadeira tortura.

Na última semana, não havia tido um único dia em que eu não acordasse com ereção matinal. Sempre foi uma constante quando ela estava junto. Mas o desejo aliado a abstinência dela fez com que eu acordasse mais duro do que já acordei em toda a minha vida.

— Bom dia para você também. — Sua voz soou sonolenta e divertida.

Essa mulher deveria ser proibida, mas essa mulher acordando... eu não tinha palavras para descrever.

— Desculpe — me afastei um pouco — Por isso... — pedi constrangido e ela gargalhou.

— Eu não acho que seja algo que você possa controlar, Heughan. — Disse ainda rindo — Está tudo bem.

— Hmmm. — Desfiz meu abraço protetor e estava prestes a levantar, quando ela se virou para mim.

— Sam? — Chamou hesitante.

— Aye?

— Você poderia ficar mais um pouco? — Pediu. — Sei que você tem que ir malhar e... — Olhou para baixo onde eu mantinha o lençol sobre minha ereção e corou — cuidar disso... mas, eu queria conversar sobre como faremos as coisas agora que estou perto de completar três meses.

— Tudo bem. — Me recostei na cabeceira da cama e assisti enquanto ela se ajeitava em uma nova posição.

Para o que restou da minha sanidade, ela manteve seu corpo coberto pelo fino lençol.

— Acho que devemos contar para as nossas famílias pessoalmente.

— De acordo. — Seu olhar hesitante encontrou o meu.

— Como você acha que eles vão reagir? — Segurei sua mão que estava entre nós.

— Eu acho que eles vão amar! Você mesma me disse que seus pais são completamente apaixonados pelos seus sobrinhos, por que com você seria diferente?

— Meus sobrinhos não vêm acompanhados de uma história supercomplicada. — Ela soltou minha mão e encarou a parede fixamente. — E o que sua mãe vai achar disso? Ela... — sua voz quebrou.

— Cait, ela vai amar ter outro neto ou neta. — Ela não se virou — Caitriona, olhe para mim. — Ela não o fez — Cait... — ela se virou — Minha mãe, seus pais, meu irmão e seus irmãos são nossa família e entendo que você tenha receio da reação deles mediante a tudo que engloba a gravidez, mas isso não significa que qualquer um deles vá ficar desapontado.

— Como não, Sam? — A dor crua em sua voz, me atingiu. — Nós... — ela parou — eu... fiz uma coisa horrível. Não que eu, eu só... — se atrapalhou com as palavras.

— Cait. Você se arrepende? — Ela se virou e olhou diretamente nos meus olhos.

— Não. — Admitiu — Não sei se isso me faz mais vadia do que se tivesse me arrependido, mas eu não... não poderia.

— Você não é uma vadia! — Rebati consternado — E eu também não me arrependo de nenhum momento que tive com você. Nunca. — Ficamos nos olhando fixamente por alguns segundos, antes que eu voltasse a falar — O que tivermos que encarar, iremos encarar juntos. Sabe disso, não sabe? Eu estou aqui com você. — Coloquei minha mão sobre sua barriga, ainda sob o lençol — Estou aqui por vocês, Cait. Nós somos uma família, nós quatro. — Ela deu uma risadinha mediante a inclusão de Eddie na adição. — E eu tenho certeza que as nossas famílias ficaram muito felizes com a notícia sobre a nossa ervilhinha, ok? — Sequei uma lágrima que caia de seu olho e beijei sua bochecha.

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