One More Night

Capítulo 12: Limites

— Você está louco! — Disse enquanto lutava para não começar a gargalhar igual uma louca.

Morar juntos? Nós dois? Ele só poderia ter pedido complementamente a cabeça! Nós não podíamos nem ficar juntos no mesmo ambiente sozinhos sem acabar quase... quase... ele estava insano!

— Sam, nós não podemos morar juntos! — Falei desesperada quando percebi que não era uma mera brincadeira para ele.

— Por que não? Já moramos juntos antes!

— Quando estávamos juntos, Sam! — Retorqui indignada e ele revirou os olhos — Olha... eu entendo que tenha preocupado você, mas irei me cuidar melhor, ok? Aquilo não vai acontecer de novo. Então esqueça essa loucura.

— Não, Cait. Não é o suficiente.

— Sam... nós não podemos morar juntos.

— Por que não?

— Por que?! — Repeti exasperada — Porque não!

— Isso não é resposta.

— Claro que é.

— Faz sentindo Cait! Nós vamos ter um bebê juntos e eu quero fazer parte da vida da ervilhinha.

— E você vai! Da sua casa!

— E vou perder os primeiros sons, as primeiras palavras, os primeiros passos! — Ele parou negando com a cabeça — Não. Eu não quero e não vou ser aquele pai que aparece só para dar presentes e levar a criança por algumas horas.

— Eu não vou te proibir de conviver com o bebê! Você vai poder vê-lo quando quiser e pode trocar todas as fraldas sujas se quiser, mas você morar comigo é simplesmente insano e você sabe! — Rebati consternada.

— Faz perfeito sentindo, Cait! Se você tiver alguma emergência, eu não vou perder preciosos minutos do meu apartamento até aqui! Se você precisar de alguma coisa, eu já vou estar perto.

— E a parte que você tem uma namorada? — Esbravejei — O que ela vai achar disso, Heughan?

Ele ficou quieto por um tempo e eu tentei controlar, em vão, o quanto seu silêncio me incomodava.

— É a minha vida, só eu tenho que achar alguma coisa.

Eu bufei extremamente possessa com o fato de que ele não negou que estava namorando. Caralho! Eu não tinha o direito de ficar brava por isso, mas eu estava. O bastardo estava namorando e queria morar no mesmo lugar que sua ex? Ao menos agora eu tinha a confirmação de que as vezes em que eu pensei que algo tinha faiscado entre nós, era culpa dos meus hormônios.

— Não. — Disse por fim — Isso é loucura! E quando a criança nascer? Você vai continuar morando com a gente? E depois a sua namorada se muda também?

— Eu estou mais preocupado com o agora, Caitríona. — Me cortou incisivo — E o agora diz que você não pode ficar sozinha.

— Eu posso muito bem! — Exclamei irritada — Moro sozinha desde os meus dezoito anos e nunca precisei de ninguém!

— É mesmo? — Me encarou com ironia — Mas você precisa agora, porque você nem ao menos tem se alimentado!

— Eu já disse que não vai acontecer de novo, Sam!

— E vitaminas nas quais você precisa tomar nos horários certos, e também coisas que você não deve mais fazer como limpar a caixinha de areia da Eddie, carregar peso... — ele suspirou — Você não entende, Cait? Eu sei que você pode se virar sozinha, não duvido disso, mas o que eu quero que você entenda é que não está mais sozinha. — Meu coração disparou em meu peito — Eu estou aqui com você. Nós estamos. E eu... — suspirou nervosamente — Não posso ser apenas o tipo de pai que é informado, eu preciso estar presente e isso começa agora, não quando ervilhinha chegar.