Capítulo 65: Natal

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Dedicado a Ana Isadora e as fotos novas do Bafta! Que Ana continue sendo a maior shipper do fandom e que eles continuam se olhando do jeito que se olham pra que eu continue a shippar!

23 de dezembro de 2018

Sam

Ervilhinha estava com 2 semanas e Caitríona achava que nossa filha era um prodígio. Ao menos, essa era a única explicação que eu tinha para o que ela tinha me contado. Todas as outras eram infundadas e com toda certeza, inventadas. Por que ela inventaria isso? Para que eu ficasse com ciúmes ou bravo, o que jamais aconteceria porque eu sabia que não era verdade.

— Querida, sorria para o papai. — Pedi a Aylla pela milésima vez, enquanto a trocava. Ervilhinha nem ao menos piscou para mim, como se eu fosse um louco e eu estava começando a me achar um. Onde já se viu um neném de 2 semanas sorrir? Pelo que eu tinha lido, um bebê demorava pelo menos seis semanas para sorrir pela primeira vez. Balancei a cabeça em negação, enquanto jogava o último lenço umedecido na lata de lixo e fechava a fralda limpa de Aylla. — Deixe para lá, Ervilhinha. Papai só se deixou cair nas armadilhas da sua mamãe, mas prometo não cair novamente. — A vesti novamente, colocando seu capuz de pandinha — Onde já se viu? Sorrir com apenas 2 semanas? — neguei com a cabeça novamente, pegando-a em meu colo. — Mas a sua mamãe me paga, ervilhinha.

— Falando sozinho de novo, Sammy? — Cait questionou, entrando no quarto de Aylla com uma manta em mãos. Ela colocou a manta ao redor da nossa menininha e a pegou no colo, cheirando a sua cabecinha depois de dar um beijinho terno, como sempre fazia.

— Não. Estava falando para a Aylla como a mamãe dela é m-e-n-t-i-r-o-s-a. — Cait fez careta — Ops! Esqueci que temos uma bebê prodígio e ela provavelmente já deve saber soletrar!

— Não seja e-s-t-ú-p-i-d-o. — Disse enquanto tapava as orelhas de nossa filha e depois me deu língua — Isso é sobre o sorriso? De novo?

— Ela não sorriu.

— Você não estava lá para saber.

— Não preciso estar lá! Os livros dizem que um bebê sorrir a partir das 6 semanas, Aylla tem 2.

— Eu me lembro de quando empurrei a nossa filha pela minha vagina. — Cait andou com Aylla até o nosso quarto, a deitando em nossa cama e brincando com ela.

Aylla estava um pouco mais ativa e menos chorona do que no início e até tinha dormido por mais de 3 horas seguidas na noite passada.

— Ela não sorriu.

— Se é essa a mentira que você conta para você mesmo durante a noite... — zombou — Eu finalmente posso dizer que sou a favorita dela.

— Baseado em um fato impossível de ser verificado, presenciado somente por você.

— Você está parecendo estranhamente defensivo para alguém que não acredita no que eu disse.

— Gosto de fatos.

— Está aqui um fato: ela sorriu para mim e não para você.

Fiz uma careta e ela sorriu, como se tivesse ganho aquela batalha, mas eu não era uma pessoa de desistir tão facilmente.

— Se você diz.

Cait me ignorou enquanto começava a ler um livro para Ervilhinha sobre um conto irlandês com o seu sotaque carregado. Apesar de ainda não acreditar em sua mentira, me sentei ao seu lado na cama e me concentrei em ouvir sua voz com aquele lindo sotaque que ultimamente mal aparecia, apenas quando ela estava extremamente emocionada ou quando estava entre os seus familiares. Apoiei minha cabeça em seu ombro e ela me deu um beijinho na testa, sem interromper a história. Não imaginava o quão cansado eu estava até cair no sono, embalado pela voz encantadora de minha noiva e os sonzinhos que minha filha fazia.

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