Capítulo 59: Surpresa - Parte II

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Dedicado aos meus caros leitores, obrigada por continuarem aqui semana após semana! Sem vocês, eu já teria abandonado a fic mesmo amando de paixão escrever! Muito obrigada 🤍✨

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SAM

Fizemos uma nova caminhada da vergonha para a cozinha, mas dessa vez, estávamos de banho tomado e sem indícios de que transamos tanto na casinha quanto durante o banho. Pelo menos indícios visíveis para eles, mas eu podia ver claramente o rosto corado e brilhante de Cait, que entregava tudo o que tínhamos feito para alguém de olhos atentos a ela.

Como não existia nada que eu gostasse de olhar mais do que ela... Bom, esperava que ninguém percebesse e, se alguém percebesse, podíamos sempre alegar que era culpa da gravidez.

Quando nós chegamos ao primeiro andar, ouvimos música ecoando junto com risadas e múrmuros de volumes variados, que indicava onde estavam todos os familiares de Cait que estavam hospedados em nossa casa. Cait sorriu para mim ao ouvir aqueles sons e eu apertei sua mão com carinho, sentindo meu sorriso nascer em resposta ao dela.

— Pronto para o caos? — questionou, arqueando a sobrancelha, exatamente como havia feito quando estávamos na casa da sua família na Irlanda.

— Tenho tempo de fugir?

Vi o sorriso dela se expandir quando eu falei as mesmas palavras daquele dia.

— Tarde demais... — respondeu me puxando pela mão.

Ao entrarmos na cozinha, encontramos uma cena que eu nunca esperei. Apesar de numerosa, nunca vi a família de Cait tão calma e feliz, mas lá estavam eles... cozinhando juntos, dançando, cantando e conversando.

Uma sensação quente invadiu meu peito quando vi que o rosto de Cait se enrugou em um sorriso que tomou conta de todo o seu rosto ao avistar a sua família reunida e se divertindo dessa forma. Como se aquela cena na cozinha, lembrasse a sua infância e de todas as memórias boas daquela época.

Estendi a minha mão para ela. Um convite silencioso para que ela me acompanhasse para uma dança, que ela me aceitasse como um Balfe permanente. Ela olhou para minha mão estendida, para meu rosto e de volta para minha mão, antes de sorrir novamente e colocar sua mão na minha, apertando-a com delicadeza.

Nós entramos no meio da dança da família, recebendo cumprimentos com sorrisinhos zombeteiros de Annie e David, tapas nos ombros e provas do molho especial de dona Balfe, que insistiu que nós dois provássemos o molho antes que ela misturasse tudo na comida, entregando a colher de pau na minha mão e me fazendo servir o molho na boca da minha noiva.

— Está gostoso?

— Uma delícia! — ela lambeu os lábios e eu não resisti a roubar um selinho, sentindo o gosto do molho em seus lábios.

Ela deu um sorrisinho antes de se afastar de mim. Enquanto Cait ia para perto dos irmãos e do pai, eu lavei a colher e ofereci a minha ajuda para dona Balfe. Ela me mandou cortar algumas cebolas, porque isso por algum motivo sempre a fazia lacrimejar, enquanto ela cuidava das batatas e foi assim, entre danças e cantorias, que terminamos de preparar o jantar.

Jantamos em um silêncio agradável e depois as mulheres se retiraram para algum cômodo da casa, enquanto nós, homens, ficamos responsáveis em lavar, secar e guardar a louça. Quando acabamos, pedi para falar com Jim em particular. Havia algumas coisas que eu queria conversar com ele, mas não fazia ideia de como começar... Meus cunhados nos olharam desconfiados, mas não disseram nadam, enquanto Jim, me seguia para o lado de fora da casa sem questionar, direto para o ar noturno e o céu estrelado. O deck já estava pronto e a arquiteta havia criado um espaço aconchegante, onde podíamos nos reunir até mesmo nas noites mais frias, já que uma fogueira automática tinha sido instaurada. Jim e eu paramos lado a lado no limite do deck, onde podíamos observar todo o jardim e a paisagem além.

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