Capítulo 64: pequenos momentos

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Dedicado aos meus fãs que ainda estão aqui! Espero que estejam comigo até o final da nossa história 🤍💫


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CAIT

Tivemos algumas noites relativamente calmas em casa, para os padrões de um recém-nascido... Ervilhinha, por incrível que pareça, dormia bastante e só acordava para mamar, como se soubesse que a mamãe precisava de descanso.

Infelizmente, esse milagre cósmico só durou duas noites. Alguma chave ou um interruptor parece ter virado e nas noites seguintes era choro atrás de choro durante a noite e sonequinhas curtas e espaçadas durante o dia. Como se ela intencionalmente quisesse matar os pais de tanto cansaço!

Eu estava tão exausta, mas TÃOOOOO exausta... Que adormecia em qualquer lugar. Fosse no banho, amamentando ou indo ao banheiro.

- Você está matando a mamãe de exaustão, meu amor... - esfreguei meu nariz no dela, enquanto ela dormia. - Você pode me deixar dormir agora, Ervilhinha? Só um pouquinho... - dei um beijinho em seu nariz.

Usando o resquício de energia que eu tinha, levantei da cadeira de amamentação e a coloquei em seu berço, observando-a dormir por algum tempo.

Ela só tinha 10 dias, mas já estava muito diferente do que era quando nasceu. Dez dias na vida de um bebê fazia muita diferença... Ela estava mais gordinha, de tanto sugar meu leite. Seu cabelinho loiro e ralinho tinha crescido um pouco, apesar de continuar ralo. Sua sobrancelha continuava igual, ou seja, era inexistente igual a minha.

- Você é perfeita, filha. - Contorno seu rostinho com a ponta dos meus dedos até alcançar sua orelhinha de abano, igualzinha ao do pai e eu acabo sorrindo involuntariamente. - Você é mesmo uma traíra, né? Puxou o seu pai todinho...

Apesar de fingir estar brava, era inevitável sentir a alegria transbordando em meu peito. Ela era igualzinha ao pai. Não tinha dúvida nenhuma de que Sam era o pai biológico dela agora e isso me deixava tão aliviada. Eu sabia que Sam a amaria do mesmo jeito se não fosse, ele a amou durante 9 meses mesmo sabendo que poderia não ser... Mas saber que Tony não era o pai dela, era um alívio para mim, já que ele nunca mais poderia usar a minha filha para tentar se vingar. Nunca mais.

- Agora a mamãe vai dormir um pouquinho, tá bom amor? - a dei uma fungada antes de ajeitar sua mantinha, ligar e posicionar a babá eletrônica perto do berço dela. Peguei o outro aparelho e sai do quarto dela indo para o meu.

Eu estava podre. Fedia a vômito e a leite, com o cabelo todo ninhado que não via ou sequer sabia o que era uma escova de cabelo há um bom tempo, nem lembrava da última vez que tinha tido tempo para escovar os meus dentes ou comer algo além de um sanduíche... Ainda sim, me joguei em minha cama, fechando os meus olhos quase que de imediato já que o meu cansaço era muito maior do que todas as outras coisas.

Não pensei muito depois disso... Apaguei. Em algum momento, senti o colchão afundar ao meu lado e sabendo que era Sam depois de ter arrumado a cozinha por conta da zona que ele havia feito ao preparar o nosso almoço, tentei me manter acordada.

- Como você está?

- Exausta. - murmurei.

Ele deu um beijo na minha bochecha.

- E suja.

- Calado.

Sam deu uma risadinha e me puxou para ele, como se não se importasse nenhum pouco se eu fedia ou se eu estava acabada... Ele devia realmente me amar. E meu corpo relaxou pela primeira vez desde manhã, quando Ervilhinha me acordou com um choro desolado e logo fui sugada pelo sono novamente.

One More NightWhere stories live. Discover now