Capítulo 8: Escolhas

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Para a pessoa que sempre fez as trix se sentirem amadas e especiais, que cuida da gente e sempre ajuda quando precisamos, que se tornou uma pessoa muito especial para nós três, a nossa mãezinha do coração... dedicamos esse capítulo para você Dani! ❤️

Feliz aniversário atrasado, meu amor! 26.09 🤗

Eu não esperava que Sam ficasse feliz ou pulasse de alegria pela perspectiva repentina de se tornar um pai. Muito menos dessa forma, com a dúbia possibilidade de que ele não fosse de fato o pai do bebê que eu carregava. Mas ele parecia desolado quando deixou meu apartamento.

Segurei as lágrimas.

Sam tinha sido muitas coisas para mim ao longo de todos aqueles anos de convívio, o principal de todos foi ser meu melhor amigo. Ninguém me entendia ou tentaria me compreender tão bem quanto ele, e a perspectiva de que talvez, dessa vez, ele não fosse capaz disso, partia meu coração. Encarar a realidade de que eu de fato estava sozinha, doía.

Porém eu não estava totalmente sozinha, não mais. Olhei furtivamente para a minha barriga, que ainda não era perceptível, já que eu estava com um pouco mais de um mês. Como poderia ter alguém crescendo ali dentro? Dentro de mim? Coloquei a mão em cima do meu ventre, onde o feto poderia ou não crescer e se desenvolver nos próximos meses. Havia tantos fatores, tantos porquês e também muitos motivos para que eu optasse por interromper a gravidez, mas nenhum deles pareciam mais pertinentes para mim naquele momento, porque no fundo eu já sabia a verdade, eu já tinha feito uma escolha muito antes de saber que uma deveria ser feita. Eu queria aquele bebê. Meu bebê.

- Oi, ervilhinha. - Acariciei minha barriga, mesmo sabendo que o feto era muito pequeno para sentir. - Você pode me ouvir? Provavelmente não... - ri, secando as lágrimas -, eu só queria dizer que nós dois somos um time agora, tudo bem?

Não, eu não estava sozinha. E nunca mais estaria. Aquela espera de nove meses era apenas o início de tudo, o início de um amor incondicional, de preocupações agonizantes e de uma felicidade inexplicável. O nosso início. E naquele momento eu soube o que significava de fato me tornar uma mãe, não era apenas gerar uma vida ou carrega-la por meses, mas sim, ama-la incondicionalmente e ser capaz de desistir de tudo por ela. E eu o faria, se necessário. Desistiria da minha carreira, de Outlander e até mesmo de Sam, porque a minha pequena ervilhinha era agora o mais importante.

Eu estava grávida! Céus, era uma notícia tão chocante e resplandecente que só agora minha ficha tinha caído. E a primeira coisa que fiz foi telefonar para a minha assistente, contar tudo o que podia e pedir que marcasse uma consulta o mais rápido possível com uma obstetra - de maneira discreta, é claro -, não pretendia esconder meu filho como tive que esconder meu relacionamento com Sam, mas o sigilo, principalmente no princípio da gestação era absolutamente necessário. E ainda bem que não havia dito nada para o Tony ainda, com a cabeça quente e o orgulho ferido... não sabia do que ele podia ser capaz.

- Ervilhinha... você não imagina a confusão que você está causando na minha vida. - Sorri. - Mas eu não me importo nenhum um pouco.

Era uma baita confusão, na certa, mas sentada ali no meu sofá com a mão em meu ventre, eu me senti feliz, leve e emocionada pela primeira vez desde que descobri a gravidez. Eu seria mãe!

-/-

Fazia mais de uma semana desde que terminei meu noivado com Tony e cinco dias desde que contei sobre a gravidez para Sam. As gravações continuavam a todo vapor, me fazendo esquecer esporadicamente meus problemas já que em cena eu me tornava Claire Fraser, uma mulher forte, bem decidida e bem resolvida. Sim, ela de fato, havia sofrido com a sua gravidez, mas ao menos, nunca teve dúvida da paternidade. Ri internamente para mim mesma, comparar os meus problemas com os de Claire Fraser era demais até mesmo para mim. Ela tinha problemas muito piores que os meus.

One More NightWhere stories live. Discover now