Zaya - Princesa De Pandora

Capítulo 45

Tsi acordou cedo no dia de seu casamento e veio a minha tenda. Passamos boa parte da manhã juntas, até que chegara a hora de sua cerimônia. Apenas sua família, Neteyam e eu estávamos presentes; o restante seria os guerreiros Ash, juntamente com sua líder e sua Tsahik. Tsireya estava linda, embora sua expressão tristonha fosse o que mais chamava a atenção.
Seu "noivo" Keadar, sorria triunfante.

Enquanto a cerimônia ocorria, a evacuação acontecia por entre a mata da ilha. Não tinha como sabermos se estava dando certo, mas só de saber que boa parte estaria à salvo, já era motivo de vitória.

— Tsireya, filha de Tonowari, aceita casar-se com Keadar, general do Clã das Cinzas, e unificar os dois clãs? — Perguntou Alev.

Tsireya não respondeu de imediato, o que causou irritação em um dos guerreiros Ash.

— Responda, mulher!

Neteyam sacou sua faca e colocou no pescoço do guerreiro, num ato repentino.

— Se falar assim com ela de novo, vai ficar sem sua língua.

— Quero ver você tentar, baixinho.

Varang fez um sinal para que seu homem se afastasse e assim ele o fez. Alev refez a pergunta, recebendo um sim cabisbaixo de Tsireya e prosseguiu a cerimônia.

— Keadar, general de guerra do Clã das Cinzas, aceita casar-se com Tsireya, filha de Tonowari, olo'eyktan do Clã Metkayina e unificar os dois clãs?

Keadar soltou um riso alto e quando iria dar o seu sim, uma flecha fora parar em sua cabeça, causando a morte instantânea do guerreiro. O atirador?

Lo'ak.

Varang viu aquilo como um ato de guerra e atirou contra um de nossos guerreiros, começando assim, um conflito entre Metkayinas e Clã das Cinzas. Peguei na mão de Tsireya e a puxei comigo para onde estavam nossos Ikran, juntamente com Neteyam e Ao'nung, nos dando cobertura. Enquanto a ajudava a subir, vi a embarcação do Clã das Cinzas cada vez mais perto, com mais alguns barcos em seu encalço.

— São as outras tribos! — Berrou Ao'nung.

— Eu cuido deles! Deem cobertura para Tonowari!

Ambos alçamos voo. Ao'nung e Neteyam voltaram para a luta e Tsireya viera comigo. Fiz com que meu Ikran voasse baixo, bem próximo a água, para que assim eu pudesse tocar na mesma. Senti um Akula nadar próximo ao fundo daquele mar; mas mais do que isso, senti uma criatura ainda maior rondar aquelas águas. Payakan!

Utilizando de meus poderes e a conexão desses animais com o Mundo Espiritual, ordenei que Payakan atacasse o barco inimigo. A enorme criatura destroçou a embarcação e deixou alguns membros do Clã Ash dispersos pela água.

— Como fez isso?! — Perguntou Tsireya completamente chocada com o que vira.

— É... Um pouco difícil de explicar agora.

— O que faremos com esses guerreiros e o restante das tribos?

— O ataque de Payakan os deixaram longe. Agora, os que ficaram... Deixarei com aquele Akula. Ele parece faminto.

Tsireya viu o enorme animal pegar um por um dos guerreiros. Voando de volta para o meio da luta, fiz com meu Ikran levasse Tsireya até as outras ilhas, enquanto eu ajudava os outros.

Tonowari estava em um luta tensa contra Varang. Neteyam e Loak estavam enfrentando alguns soldados Ash e para meu espanto, ambos já estavam bem machucados. Lo'ak teve a ideia de levarem eles para a mata, afim de utilizarem as árvores como vantagem.
E enquanto alguns guerreiros os seguiam, vi Alev segurar uma faca e ir de encontro a Tonowari. Furiosa, fiz com que a areia de seus pés afundassem, deixando-a presa.

Aproximei dela e arranquei a faca de suas mãos.

— Eu sabia que você era diferente! Você é filha da Grande Eywa!

Segurei firmemente a faca, sentindo aquele formigamento voltar. Alev percebeu o que eu queria de fato fazer.

— Mas... Você não pode nos ferir. Não pode destruir a criação dela!

— É? Então, observe.

Com um único golpe, cortei a garganta de Alev.
Varang viu o que eu fizera e ordenou que eu me ajoalhe diante dela, colocando uma faca no pescoço de Tonowari como ameaça.
Tonowari fez que não com a cabeça e Varang começara a ficar impaciente. Um de Deus guerreiros segurou meu ombro com força, questionando-me se eu não ouvira o que sua líder me ordenara.

— Esperava que fossemos parceiras. — Disse ela.

— Jamais me aliaria a uma genocida.

— Genocida? Não. Eu só quero salvar Pandora desses vermes. Ajoelhe-se, Zaya! Ou seu querido olo'eyktan morrerá aqui... E agora!

Mesmo sabendo que era proibido, fiz com que o guerreiro que me segurava tivesse um sangramento interno. Seus olhos, nariz, boca e orelhas expeliram quantidades significativas de sangue.

— Eu. Não. Me ajoelho. Diante de Ninguém! — Gritei furiosa e pausadamente.

Após o guerreiro cair morto, Varang me olhou boquiaberta e horrorizada. Tonowari aproveitou a oportunidade e soltou-se de Varang, vindo ficar ao meu lado. O mesmo estava ofegante, com alguns cortes em seu corpo.

Ordenei que meu Tsurak, Taronyu, pegasse Varang e voasse com ela por entre as árvores afim de machucá-la severamente. Ela tentou correr, mas foo pega de qualquer jeito. Quando o mesmo voltou, Varang estava repleta de arranhões e cortes profundos. Taronyu a jogou a nossa frente sem cerimônia nenhuma e pousou ao meu lado. Aguardando minhas ordens.

— Ela é toda sua, chefe.

Deixando Varang aos pés de Tonowari, montei em Tsurak, pronta para alçar voo, mas meu olo'eyktan interrompeu-me, me perguntando o que iria fazer em seguida.

— Eu? Vou salvar meus meninos.

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Poderes de Zaya:

Poder de manipular animais e plantas sem precisar tocá-los;
Manipulação do solo e das águas;
Poder de modificar a estrutura, fisionomia e funcionamento de qualquer Na'vi embora seja proibido por Eywa;
Poder de manipular o clima;
Pode curar qualquer ferimento dos Na'vi, mas sua forma mortal pode ser morta dependendo do ferimento. Quando isso ocorre, seu espírito deve retornar ao Mundo Espiritual e um novo corpo deve ser feito.
Zaya pode chamar por animais distantes, trazer grandes quantidades e até mesmo fazer com que predadores e presas possam ficar no mesmo ambiente sem se atacarem.
Ela também pode fazer transferências neurais, embora faça isso muito raramente 👀

Ou seja, nossa querida protagonista tem poder em tudo o que fora criado por Eywa :)