POV Autora
Kiri Neteyam conseguiram fazer a passagem para o Mundo Espiritual, mas quase se afogaram no processo. Segurando Zaya firmemente em seus braços, Neteyam a levou para o meio das raízes da Árvore Sagrada, encontrando Liö, que já estava a sua espera.
— Graças a Eywa vocês conseguiram. — Disse a azulada com uma expressão mais aliviada em seu rosto. — Ah, oi Kiri.
— Ela está perdendo muito sangue, o que faremos? — Indagou Neteyam.
O medo e o nervosismo eram nítidos em sua voz. Liö pediu para que ficasse com ela abaixo da árvore, enquanto a mesma fazia a ligação entre Zaya e Eywa, usando o Queue da mesma com um dos filamentos bioluminescente da árvore. Após a conexão, Zaya expeliu um pouco de sangue, deixando Neteyam e Kiri ainda mais nervosos.
— Liö, ela não está se curando.
— Fique calmo, ela está com Eywa agora.
— Ela... Morreu? — Perguntou Kiri, temerosa.
— O q... Não! Mas ela precisará da Grande Mãe para se recuperar. Preciso cuidar dos Atokirinas no Bosque, podem ficar com ela?
— Precisa de ajuda? — Perguntou Neteyam.
— Eu queria poder dizer que não... Mas ela causou muitas mortes.
— Eu vou. — Kiri levantou-se, indo ficar ao lado de Liö — Será melhor se meu irmão estiver com ela.
Neteyam agradeceu com um aceno de cabeça, vendo as duas Na'vi correrem até o Bosque.
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Acordei com barulhinho de água próximo a mim. Abrindo lentamente meus olhos, vi um enorme lago a minha frente. Milhões de seres esvoaçantes pairavam sobre as águas, como se estivem em uma calma e vagarosa dança. Estava tão quieto. O único som audível, era dos peixes nadando próximos a superfície da água.
Estou... No Bosque das Almas?
Ao olhar para cima, deparo-me com um ser de cabelos e olhos brilhantes e de um sorriso acolhedor. Uma de suas mãos tocava gentilmente meu rosto, enquanto a outra afagava meus cabelos. Seu toque me trazia tanta paz, que por um segundo, permiti esquecer de tudo a minha volta.
— Mãe...
Eywa aproximou seu rosto do meu, deixando um beijo delicado em minha testa.
— Oi, filha.
— Senti sua falta, Mãe.
— Eu sei, querida. Mas eu sempre estive com você.
Em meio ao nosso momento de paz, um pensamento adentrara intrusivamente em minha mente: os três mil guerreiros que eu matara, assim como sua líder, Varang. Assustada, levantei-me sobressaltada sentindo-me com pouco ar.
Mamãe tocou meu ombro por alguns segundos, com o intuito de me acalmar. Respirei fundo algumas vezes, percebendo lágrimas rolarem pelo meu rosto.— Mãe, eu sinto muito! Quebrei suas regras, destruí sua criação e deixei amostra minha verdadeira face aos nativos! Me perdoa! — Virei-me para ela e a abracei fortemente — Por favor, me perdoa!
— Acalme-se, Zaya.
— Eu sou uma péssima filha, eu sinto muito!
Em sua calmaria espantosa, mamãe limpou minhas lágrimas e pediu para que eu voltasse a deitar em seu colo. Obedeci-a sem hesitar, embora minhas lágrimas parecia ter adquirido vida própria, pois não paravam de cair.
— Quando eu a criei disse algumas palavras a você. Você se lembra delas?
— ... Que eu deveria proteger Pandora acima de tudo.
— Sim. Isso já tem um tempo, não é? Naquela época éramos só você e eu. Não existiam os Metkayinas, os Omaticayas e nem mesmo os humanos residentes haviam chegado. Mas agora está tudo mudado, Zaya. Você têm amigos que te amam. Você tem uma irmã. Então... Gostaria de reformular o meu pedido, está bem?
Assenti, ouvindo atentamente as palavras de minha mãe.
— Proteja aqueles que cuidam de Pandora acima de tudo. Sejam eles dos nossos ou não.
— Mas mãe... Suas regras...
— Eu as criei porque você ainda era muito nova para usar seus poderes. Você sabia muito sobre Pandora, mas quase nada sobre si mesma. Você evoluiu muito minha filha e seus amigos tiveram boa participação nisto. Toda a Pandora agora sabe de sua existência e isso pode ser perigoso. Você pode garantir sua segurança e a de seus amigos?
O momento em que estava na floresta conversando com eles surgiu em minha mente, como uma resposta clara a pergunta de minha mãe.
— Eu daria minha vida a eles, mãe. Não deixaria que nada acontecesse a eles.
Levantei-me e olhei seu rosto iluminado. Mamãe estava com uma expressão suave, mas não sorria.
— Mãe, sobre as mortes... Eu...
— Todos nós temos nosso lado sombrio, Zaya. Cabe a cada um de nós o compreendermos e usá-lo em nosso favor, visando a segurança de quem amamos. O equilíbrio entre o bem e mal.
Olhei para minhas mãos, vendo a marca do Atokirina. Mamãe colocou sua mão sobre as minhas e com a outra, tirou uma mecha de cabelo que estava em meu rosto.
— Cuidarei deles mãe. Eu prometo.
— Eu sei que vai. — Ela sorri — Que tal conversarmos com sua irmã?
— Com a Kiri? Há muito ela não se conecta com uma Árvore das Almas. Ela tem medo do que pode acontecer.
— Bom... Está na hora de resolvermos isso de uma vez por todas.
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Zaya - Princesa De Pandora
FanfictionZaya é descendente direta da Grande Eywa e governante do Mundo Espiritual, um lugar tão incrível que mortal ou Na'Vi nenhum jamais viu. Em um dia como qualquer outro, Zaya recebe em seu mundo um Atokirina diferente de qualquer outro que já tenha pas...