Firework

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CAMI POV

Kage acabou ficando mais tempo no hospital do que esperávamos, ao invés de 3 dias ficou 1 semana e hoje estamos indo embora. Digo estamos porque passei boa parte do meu tempo aqui, só fui embora para cumprir meu turno na loja e pegar mais roupas para mim ou para Kage.

De certa forma totalmente deturpada, é bom que seja eu cuidando dele uma vez, assim não fica sempre só ele cuidando de mim. E eu adorei cuidar dele cada segundo, mimei tanto que as enfermeiras começaram a inventar apelidos para ele. Ainda temos que vir aqui a cada 2 dias para verificar o curativo, mas nada de permanência.

Kage está com um braço só então precisa de ajuda para coisas simples como pentear o cabelo, colocar creme dental na escova, trocar de roupa, cortar a comida, ajudar no banho, abrir a calça, essas coisas normais do dia-a-dia. E ainda vai ficar assim por mais 4 semanas. Em casa tem muita gente pra cuidar dele, claro, mas ele insiste que tem vergonha de pedir ajuda dos pais ou irmãs para algumas coisas. Não sei como vamos arranjar tudo, porque minha cama não dá espaço para nós dois e seu braço machucado, e também não quero passar 4 semanas dormindo fora da minha casa. Até comprei uma cama maior, mas ainda não chegou.

Sendo assim a dinâmica toda ainda está muito confusa. Kage precisar de mim para algumas tarefas também não significa que precise ficar o tempo todo comigo, posso ir, ajudar e voltar pra casa. Não é?!

Mas por hoje está tudo certo, como ainda estão todos na loja ou no trabalho, vamos pegar um táxi até sua casa e fico lá pelo menos até ele está pronto para ir dormir ou ter alguém que ele aceite ajuda, como ganhei o dia de folga posso mimar Kage mais um pouco.

Término de guardar nossas coisas em uma bolsa grande de viagem, pego o celular e vou bater na porta do banheiro. Faz um seculo que ele está lá dentro.

- Kage? - bato de leve na porta - KJ, tá tudo bem, Boo?

- Está sim.

- Deu dor de barriga de novo? - tento segurar o riso.

- Não, engraçadinha. Só tá difícil fechar a calça.

- Vem cá que eu fecho. - a porta abre e KJ aparece todo vermelho - O que foi? Estava fechando a calça mesmo? - estreito os olhos só para brincar.

- Deixa eu te mostrar. - sem aviso segura minha mão e coloca sobre seu pau que está flácido mas começa a se animar - viu ... Só um maldito botão. Mas agora ... - se abaixa e me beija, chupando meu lábio inferior.

- Não ... Pára. - peço quase sem voz - vamos embora. - fala com toda força que me resta e me afasto - você não presta, garoto.

KJ começa a rir com força, todo seu corpo balançando o que o faz gemer de dor, dou dois passos atrás antes dele segurar meu braço e puxar para perto.

- Meu botão.

- Ah ... Uhum ... Certo. - ele beija meu pescoço enquanto fecho seu botão e começo a rir - Pára, chato. - faço manha porque sei que ele não resiste. - Vamos logo, vão nos colocar pra fora aos chutes. E para de graça que você não consegue nem rir sem sentir dor, quem dirá namorar.

- Ah você me subestima, bebê, adoro isso.

Rolo os olhos e ignoro sua provocação, pego a mala e coloco no ombro, KJ recolhe os papéis de alta e receitas e saímos. Nos despedimos de todos que nos ajudaram, uma das enfermeiras leva Kage de cadeira de rodas até a porta enquanto ele reclama o tempo todo. E no carro não é diferente. Acho que esse garoto está muito mimado.

O quarto de Kage está arrumado demais, lençóis trocados, janelas abertas, banheiro impecável. Parece que alguém andou tendo muito trabalho por aqui.

Stolen Life (Repost)Where stories live. Discover now