Stolen Life (Repost)

New Times

CAMI POV

Para minha felicidade nossa casa começou a ser reformada, todos os envolvidos no projeto se reforma conseguiram terminar sua parte e enfim podemos seguir em frente.

Todas as coisas ruins ficaram para traz, Jack sobreviveu ao ataque e embora nunca mais vá andar, está vivo e o namorado foi preso e não vai sair tão cedo.

A banda está indo muito bem, terminamos de gravar o clipe e ele será lançado em breve quando começarmos a gravar nosso primeiro CD, vamos realmente para o estúdio fazer o trabalho pesado. Cada um de nós está enlouquecendo, os meninos estão em um estado de euforia constante e eu estou feliz. Todos pensaram que talvez eu fosse ficar muito abalada com o que aconteceu, mas passado o susto inicial só me sobrou o alívio por minha família não ter se machucado.

Agora a casa vai ser só nossa, uma casa grande, clara, arejada e muito segura. Luke vai poder andar descalço, espalhar brinquedos no seu próprio quarto, ele vai ser criança e correr pelas escadas para me deixar louca.

E entre uma conversa e outra, um plano e outro, Kage e eu resolvemos tirar uns dias de férias e viajar. E enquanto conversávamos sobre um destino interessante e bom para ir em família, e partindo daí comecei a lembrar todas as viagens de férias que fiz ao Brasil, todos os lugares lindos e tão vivos em minha memória. O ano que morei lá, as comidas, os cheiros, as pessoas, tudo. Tudo me dá uma saudade imensa, e assim sendo decidimos então partir rumo ao Brasil.

Infelizmente minha família inteira não pode ir, nem todos nossos amigos, porque eles tem "empregos" normais e precisam se programar para uma viagem, então vamos apenas eu, KJ e Lukas, o que é novo também já que em todas as nossas viagens  pelo país, tinha tanta gente ao nosso redor para ajudar com Luke que nunca passamos um aperto.

Kage está eufórico em conhecer um novo país, já pesquisou diversos lugares para conhecer, comprou moedas, pesquisou clima, e principalmente viu coisas que não pode deixar de comer. Eu amo a empolgação dele, seu ânimo e amor pela vida, me renova a cada manhã. Aprendi com Kage que a vida sempre pode ser boa dependendo de como vemos tudo, mesmo as piores coisas que acontecem nas nossas vidas ainda  deixam algo bom mesmo que seja quando passam, as vezes a parte boa é você ter superado aquilo. E vou dizer, não tem sensação melhor que olhar para trás e pensar que eu superei as coisas ruins da minha vida e que nada daquilo define quem sou hoje.

Enfim, nossas coisas estão todas prontas, eu acho, já nos despedimos de quase todo mundo mais cedo e agora precisamos mesmo sair da casa dos meus pais, onde passamos a última semana, e ir para o aeroporto. Lili e Mads vão nos levar porque querem passar mais tempo com Luke.

Luke que por sinal começou a andar, ainda não tem firmeza e anda do jeito mais fofo e engraçado do mundo, com as pernas abertas e as mãos para cima. É tão lindo ver ele crescer, agora com seus 11 meses de gostosura e sua independência recém adquirida, ele ainda me procura todo o tempo, e a Kage também é claro.

Kage entra no quarto com um sorriso de orelha a orelha e pega uma nova mala.

- Angel, precisamos sair logo ou vamos perder o voo. - avisa - Mads já chegou.

- Ok. Só vou pegar o cobertozinho do Luke.

- Ah por favor, esqueça tudo menos isso.

- Cadê ele?

- Lá em baixo brincando com a Lili. - Kage pega a mochila de Lukas e joga no ombro - Cami?

- Estou indo.

Kage sai pela porta, vou até o berço dobrável de Lukas, pego seu cobertozinho amarelo e jogo sobre o ombro. Isso sempre o mantém calmo e só isso o faz mamar parado e não girando no meu peito.