Home Sweet Home

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CAMI POV

Depois de um mês no Brasil, finalmente estamos voltando para casa. Todos os momentos que passamos viajando foram maravilhosos, cada segundo foi perto de perfeito, Luke amou as praias, as pessoas e principalmente as comidas, como comeu esse menino. Vamos voltar para conhecer outros lugares além de São Paulo, mas chega uma hora que sentimos falta das pessoas que deixamos para trás.

E todas as noites quando desligava a chamada de vídeo, Luke chorava pela pessoa que estava do outro lado. Meu menininho inteligente e doce que cresceu tanto nesse mês, aprendeu tanto e colocou muitos sorrisos nos nossos rostos.

Esse mesmo mocinho dormiu boa parte do voo, assim como na ida na volta também compramos uma cadeira a mais e assim ficamos confortáveis e Luke pode aproveitar o espaço sem perturbar ninguém. Ele ainda está um pouco sonolento e ranzinza, preso a mim pelo canguru e mamando sob sua manta amarela enquanto Kage pega nossas malas da esteira.

- Acho que essas malas estão mais pesadas que na ida. - Kage resmunga arrastando minha mala - ainda falta a do Luke. Ele não tá mamando de novo não né?!

- Está sim. - respondo rindo e levanto a ponta do cobertor - ele está de mau humor e se eu não desse o berreiro ia começar. Sabe, no Brasil quase ninguém nos conhece, mas aqui somos um pouquinho mais conhecidos, não quero chamar atenção e depois ir parar por aí porque meu filho é um mimado. - Luke me olha e sorri, levanta a mãozinha e coloca na minha boca - não é mimado não, amorzinho?! - beijo sua mão e ele se agita em meu colo - gostoso. Kage a mala vai ficar rodando na esteira sem você ver.

- Certo. Deus abençoe esse tetê, angel. Como você aguenta eu ainda não sei.

- Pelo menos recuperei meu peso que o Lukas tinha sugado.

- A mala. - Kage anuncia e sai quase correndo.

Fico para no meu lugar rindo do meu noivo, que será meu marido em breve, Kage é uma figura mesmo. Luke não quer mais ficar coberto, ele agarra o cobertor e puxa até estar com a cabeça livre para espiar de um lado para o outro enquanto mama.

Dylan está a nossa espera assim que passamos pelos portões de desembarque, sua figura loira e bonita me faz sorrir e então percebo como senti falta dele.

No caminho até em casa Dylan vai contando para nós como vai a obra de casa, ele ficou responsável por cuidar de tudo já que é um belo engenheiro. Infelizmente não está tudo pronto, ainda falta o suficiente para nos manter fora de casa mais um mês pelo menos, então vou precisar correr atrás de um lugar para a festa de Luke.

Mas está tudo bem, pra quem imaginava que nunca teria uma casa e uma família, mais um mês não muda em nada minha felicidade.

Luke dorme no caminho e eu aproveito para relaxar também, estou toda dura de tanto ficar sentada. Dylan vira na rua de casa e começa a buzinar, me assusto e bato em seu ombro para ele parar de chamar atenção em pleno sábado a tarde, mas não adianta. Kage está rindo de mim, quando chegamos a porta de casa já está cheia de gente. Nossos pais, irmãos e amigos estão a nossa espera fazendo a maior algazarra possível.

- Vocês são crianças demais. - reclamo.

- Mamã - Luke chama de sua cadeirinha - oh ... Vovó. - ele grita e bate palmas.

Desço do carro para encontrar minha família, nem preciso me preocupar em tirar Lukas da cadeirinha porque Tupai se ocupa disso antes de qualquer pessoa. E a festa está feita, tão diferente de uma outra chegada minha, dessa vez não há choro só alegria e muitas coisas boas para serem contadas.

Nem preciso dizer que Luke está em uma agitação completa. Ele corre, brinca, ri e se lambuza. Se quando chegamos ele era um bebê arrumado agora ele está do jeito que mais gosta, só de fralda, pé no chão, brinquedos espalhados e fazendo muita farra com os tios. Agradeço em silêncio, meus peitos precisavam de alguma folga.

Stolen Life (Repost)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora