Reborn

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CAMI POV

Passar os dias em casa é um dos maiores prazeres da vida, eu, Kage e toda a banda tiramos 2 semanas para não fazer absolutamente nada relacionado a trabalho.

Passei um tempo maravilhoso com a minha família, meus amigos e meu bebê. KJ e eu levamos Lukas a vários lugares e ele adorou todos. Ele cresceu tanto em apenas um mês, sua personalidade vivaz já pode ser vista, ele é bagunceiro, risonho, brincalhão e dorme pouco durante o dia para que possa fazer muita bagunça. E comer, começou a comer sopinha e fruta, e preciso dizer que ama cada colherada.

Nem preciso dizer que ele foi muito mimado, talvez por isso esteja mais enjoadinho hoje. Tem alguns dias que Lukas está irritado, mas hoje ele está além de irritado, está louco da vida. Nada está bom, tudo incomoda e ele começa a gritar. Vai ser bom ele passar um tempo aos cuidados da vovó Marisol.

Tenho umas fotos para tirar, fotos para uma campanha contra a violência sexual e violência domestica, contra a violência contra a mulher de um modo geral. Depois que Mads começou a usar a página da banda para divulgar nosso projeto, tenho recebido muitos convites para entrevistas e propagandas, mas como estava de férias não tinha aceitado nada até agora.

Primeiro se tudo, preciso conseguir tirar Lukas e KJ de casa o que não é nada fácil. Estou sentada no sofá com Lukas no peito pela centésima vez essa manhã, e KJ está arrumando alguma coisa que não faço ideia só que seja.

- Kage, amor, vou me atrasar se não sairmos agora. - chamo KJ mais uma vez - Kage?

- Oi? - ele grita de volta pelo corredor - já estou indo. - espero mais um pouco e ele finalmente surge - não acho minha carteira.

- Você fica lindo todo de preto. - desvio o assunto só porque não consigo me conter, Kage sorri e vem até onde estou - acho que sua carteira pode estar na cozinha.

- Obrigado. O que eu faria sem você? - ele abaixa e me beija e solta meus lábios com um estalo - e você cara?! A mamãe precisa fazer outras coisas além de te dar tetê o dia todo.

- É um pequeno e fofo ditador. - brinco e tento tirar Lukas do peito, sem sucesso - Ok, ele não quer sair.

- Cadê a bolsa? - Kage pergunta e indico o balcão da cozinha - eu levo as coisas e você leva ele.

- Tomara que ele durma no carro. - murmuro.

Com toda a habilidade e força da maternidade, acompanho KJ escada abaixo e entro no carro, tudo com Lukas pendurado em mim, me segurando com sua mãos gordinhas e possessivas.

Felizmente ele dorme no curto caminho até a casa dos meus pais, e não tenho trabalho algum em entregar seu corpo adormecido a minha mãe. Digo logo que Lukas está muito irritado hoje e que ela pode levar alguns beliscões, mas sou espantada com a afirmativa de que ela pode dar conta de um bebê de 6 meses com as mãos amarradas nas costas. Bem, eu não tenho dúvidas.

Kage me deixa na casa de Mads, me despeço com um beijo longo e alguns sussurros de promessas para mais tarde. O moreno vai embora cuidar dos seus próprios assuntos e vou com a ruiva até o estúdio onde devo tirar as fotos.

Estou sentada em uma cadeira em frente ao espelho, uma mulher que nunca vi na vida estica e enrola meu cabelo, já fui maquiada e vesti a roupa que me deram. Não é nada demais, apenas uma camiseta branca com uma frase escrita, calça jeans e tênis. Por fim estou bonita e bem arrumada, com uma maquiagem leve.

Encontro outras 5 mulheres para tirar as fotos, todas nós somos vítimas de algum tipo de violência, a empátia é mútua e aos poucos nos entrosamos. Somos posicionadas para as fotos e em pouco tempo somos liberadas dessa primeira etapa. Em seguida mais câmeras são ligadas e sentamos para a entrevista, é para um tipo de canal do YouTube, muito famoso segundo Mads e de público basicamente feminino. Só precisamos responder algumas perguntas mandadas por diversas pessoas.

Stolen Life (Repost)Where stories live. Discover now