Light On

698 50 7
                                    

KJ POV

Depois do julgamento nossa vida voltou ao normal, mais ou menos, Cami ficou muito desconfortável com toda a atenção que recebeu da mídia na Rússia, e muito mais quando chegamos em casa. Eram ligações e mais ligações querendo uma declaração, mas deixamos tudo na mão do advogados e Mads, pelo menos por enquanto.

Eu tive tantos motivos para ser orgulhoso dela que rendeu várias músicas. A cada show que abrimos o público parece conhecer melhor nossas músicas. É uma satisfação indescritível.

Juntando todos esses fatores com o fato de termos um filho lindo e saudável, e um namoro longo, feliz e estável, as coisas estão quase perfeitas. Quase, porque Cami anda meio calada demais. Em um minuto ela está normal, em seguida se fecha e se afasta.

Não sei se é apenas o estresse se muito trabalho, vários dias longe se casa e o trabalho com Lukas que é constante, ou se algo a está incomodando e ela não me fala. Então estou seguindo o conselho do meu sábio pai, e esperando que ela resolva me falar o que está acontecendo, porque até agora todas as vezes que perguntei recebi uma resposta vaga. É irritante, mas eu tento manter a calma. E até agora estou tendo sucesso.

Espero que tudo se acalme depois do show de hoje que é o último antes de uma pausa se 10 dias. Lukas está numa fase daquelas, quer ficar no chão o tempo todo, já senta sozinho e se arrasta para todos os lados, logo vai estar engatinhando, isso exige toda nossa atenção. Mesmo ele sendo um bebê acostumado a muita movimentação e que sabe quando é hora de ficar quieto no carrinho e observar os ensaios, ainda assim da muito trabalho. E por mais que eu faça tudo que posso, Luke ainda é mil vezes mais apegado a mãe que a mim, por causa do peito. Então, faço o que posso para ser um bom pai, e tenho certeza que sou ótimo.

E agora estou exatamente nesse momento de prestar atenção no bebê, Cami está fazendo alguma coisa se garotas com Mads, e eu estou encarregado do pequeno furacão. Nessa cidade ao invés de ficarmos em um hotel como a banda principal, viemos para uma casa, o que é mais confortável para todos nós com toda certeza. E também da muito espaço para Lukas brincar. Nem preciso dizer que ele está eufórico com o espaço enorme que tem na sala.

Ele está sentado em um grande cobertor no chão, tentando alcançar um das dezenas de brinquedos a sua volta. Mas o que ele gosta mesmo é de pegar porcaria do chão e colocar na boca, como o pequeno pedaço de papel que escapou do meu caderno e caiu ao seu lado.

- Filho, na boca não. - chamo sua atenção, mas ele ri e mastiga o papel - aí que nojo, Luke, é caca. - largo caderno, celular e lápis de lado e vou para o chão - da pro papai ... Abre a boca. - claro que ele não abre, começa a se debater para longe e gritar - ei ... Não, assim não ... Abre a boca ... Lukas.

- Quanto a zero? - Alex pergunta entrando na sala - não sede, carinha, aguenta firme ... Morde.

- Cala a boca, idiota. - xingo, e consigo enfiar a ponta do meu dedo na boca do bebê - meu Deus, quanta baba ... Facilita, filho, cospe isso antes que a mamãe veja e brigue comigo. - Lukas dá uma risada alta com meu desespero e consigo tirar o papel da sua boca - nossa que coisa nojenta.

- Parede meleca de nariz. - Alex faz uma careta - esse carinha coloca todo tipo de coisa nojenta na boca. Parece um aspirador de pó.

- Oh filho da puta, respeita meu filho. - acerto a canela de Alex com um chute.

- Certo, aspirador de pó não ... Pac Man é mais legal.

Rolo os olhos e acho melhor não responder como eu quero, estamos tentando não falar muito palavrão na frente do bebê para que sua primeira palavra mão seja "porra" ou "caralho".

Stolen Life (Repost)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora