Shen LongYu trilhou um caminho repleto de crimes e maldades, tudo para ter a chance de se vingar das pessoas da seita ChengFu que o humilharam. Tudo o que conseguiu foi morrer pela espada da pessoa que mais odiava, Jiang ZhengHe.
A espada sagrada Yu...
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Jiang ZhengHe mal deu cinco passos quando os gritos de comemoração dos discípulos explodiu. Com espadas levantadas para o céu e expressões triunfantes, todos observavam a barreira se abrir. Para eles uma batalha havia sido ganha, para Jiang ZhengHe uma guerra estava prestes a começar.
De longe, pôde ver Ning Fu se afastar com expressão confusa.
— Saiam todos daqui, retornem a Cheng Fu imediatamente. É uma armadilha! — Jiang ZhengHe gritou a ordem enquanto desembainhava a espada e ia para perto do tio. Os discípulos ficaram confusos e o encaram como se tivesse ficado louco.
A barreira se desfez em uma cascata, sumiu por completo em questão de segundos, mas a sensação de triunfo foi substituída por receio.
— Recuem, retornem imediatamente!— dessa vez foi Ning Fu quem ordenou. Ele quem estava mais próximo, sentia os pelos da nuca se eriçando ao ser pressionado pelo qi vicioso do outro lado dos portões. A pessoa tinha um poder igual ao dele, mas no momento ele não estava em boas condições, então o outro tinha a vantagem. Os discípulos pareceram despertar e começaram a se reunir, partindo em grupos através de anéis de transporte assim que sentiram a mesma pressão.
Os portões tremeram. Ning Fu, Lan Wei e Jiang ZhengHe ficaram lado a lado, cada um portando uma espada. Os três estavam firmes e sem medo, apesar da tremenda desvantagem, prontos para encarar o inimigo de frente enquanto o restante partia.
— O que aqueles dois disseram? — Lan Wei fitou Jiang ZhengHe pelo canto do olho.
— Os anciãos da seita estão controlando a mente dos discípulos. — Jiang ZhengHe explicou de forma mais resumida possível. Naquele momento os portões se abriram por completo, revelando duas fileiras com dez discípulos cada, suas vestes eram brancas e seus olhos sem vida. Jiang ZhengHe sozinho poderia derrubá-los se quisesse, eram todos pequenos carregando espadas pesadas em suas mãos gordinhas. Não tinham mais do que dez anos de idade, tinham entrado há pouco em Dewei acreditando de todo o coração que um futuro brilhante os aguardava.
— Como vamos lutar contra isso? — Lan Wei sussurrou para Ning Fu, sua voz continha derrota, tristeza e horror.
— Não se luta, não sem destruir a si mesmo.
Jiang ZhengHe se sentia culpado apenas de estar com a espada desembainhada. As crianças marcharam na direção deles, seus passos se moviam no mesmo ritmo preciso, como bonecos sem alma controlados por cordas invisíveis. Eles não tinham medo, muito pelo contrário, não sentiam nada.
As crianças deram dez passos e então pararam, abrindo caminho para um ancião passar entre eles. Era um homem idoso, diferente de cultivadores, este possuía rugas de verdade. Seus dedos ossudos e cumpridos seguravam uma bengala para lhe auxiliar a caminhar.
