[7] Safe Haven

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Avery Holmes

Na manhã seguinte, depois de uma noite cheia de hipóteses lançadas para o ar, de nos virarmos um para o outro e de segundos pensamentos, eu acordei com a Aimee enrolada no meu peito. Eu inevitavelmente sorri e fiz festas nas suas costas enquanto ela colocava o seu dedo para fora da sua boca, finalmente começando a acordar.

“Eu disse ao Niall que tu eras a minha bebé, princesa.” Eu sussurrei-lhe. Ensonada, ela assentiu e esfregou os olhos. Eu segurei-a bem perto do meu peito, sentindo o seu lento bater do coração. “E ele não está zangado, okay? Ele quer ser teu amigo.”

Novamente, provavelmente mal percebendo, ela assentiu e bocejou, saindo do meu colo e aterrando suavemente na carpete. Eu ri-me e espreguicei-me, olhando pela janela. O sol já estava a brilhar, devia passar pouco das oito da manhã.

Eu arranjei-me para encontrar uma repetição de Arthur para a Aimee ver enquanto eu ia para a nossa cozinha fraca, que era basicamente os restos das nossas rações na mesa da televisão. Para a Aimee, isto era uma espécie de aventura, mas para mim era um caos. Uma confusão.

Na noite passada eu encontrei-me com dúvidas acerca de tudo. Claro que voltar para casa iria ser complicado para mim. Mas ao menos eu teria uma casa de jeito e uma dispensa cheia de comida. Agora, o que eu tinha era o suficiente para fazer umas sanduíches e algumas caixas de cereais.

Mas aí eu penso nas noites de bebedeira, que eram quase todas as noites. Eu era miserável na minha própria casa, odeando-me até ao meu local mais profundo por tudo o que o Jake me fazia passar. Eu ainda tinha pensamentos sobre o porquê de ter deixado tudo aquilo acontecer, como se tudo fosse minha culpa. E talvez fosse, talvez houvesse algo que eu pudesse fazer. Talvez, se eu fosse boa o suficiente para ele, agora ele poderia estar a abraçar-me na nossa grande cama e beijando a minha testa.

“Mamã, eu quero Cocoa Puffs.” A Aimee interrompeu os meus pensamentos, apontando para a pequena caixa castanha. Eu assenti, mas depois eu percebi que nós nem sequer tínhamos taças. Eu grunhi em frustração, passando uma mão pelo meu cabelo. Isto era totalmente impossível e doido. Porque pensei eu que conseguiria fazer isto?

“Claro, espera só um pouco. Primeiro, preciso de ir à casa de banho.” Eu disse, caminhando para a casa de banho. Quando eu voltei, a Aimee já estava a mexer dentro da caixa de Cocoa Puffs, por isso eu deixei-a continuar. Não era como se eu tivesse algo que ela pudesse usar para se alimentar.

Ouviu-se umas batidas na porta, e eu sorri ligeiramente. Aimee congelou e as suas sobrancelhas dispararam para cima, obviamente à espera de ver quem era. Claro, eu sabia que iria ser o nosso novo amigo, Niall.

Eu arranjei o meu cabelo, e então eu tinha percebido que eu não tinha feito nada para me preparar, mas já era um pouco tarde agora. Eu suspirei e abri a porta, mas quando a abri, não era o Niall que lá estava. Era a Shirley, a doce senhora da secretária na entrada. Eu tentei não parecer muito desapontada.

“Olá, querida!” ela sorriu, o fumo das suas roupas a entrar para o quarto.

“Bom dia, Shirley.” Eu sorri, e rapidamente ela me puxou para um abraço.

“Eu só te quero dizer que a hora do check out oficial é às dez da manhã, por isso, se tu decidires ficar mais tempo depois disso, eu vou ter de te cobrar um dia extra.” Ela disse triste. “Estou triste que tu te vás embora tão cedo!”

Motel 6 [Niall Horan] (Tradução em Português)Where stories live. Discover now