[43] Missing

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*AVISO: Este capítulo contém um pouco de abuso. Nós não gostamos de escrever/traduzir acerca destes assuntos, por isso durante a maior parte nós vamos saltar, mas ainda assim contém um pouco de abuso. Se tu não estás confortável em ler este tipo de coisas, nós aconselhamos-te a não ler este capítulo.

Muito obrigada!

 

 

 

Avery Holmes

Três dias.

Nós tínhamos desaparecido há três dias. Primeiro, nós tínhamos embarcado num avião e aterrámos em Nova Iorque. Depois disso, andámos um pouco de carro, e eu descobri que o Marcus me ia levar para a casa do Jake. Quão estúpidos eram eles?

“Não tentes nada de engraçado.” O Marcus ordenou-me, pegando de forma rude no meu braço enquanto ele me puxava pelo sujo complexo de apartamentos. Era exatamente como eu me lembrava – as paredes pareciam que precisavam de uma boa esfregadela, o edifício tinha a mesma desgostosa sombra castanha, e ainda haviam algumas pessoas superficiais que ficavam no seu alpendre.

Lar doce lar, eu pensei sarcasticamente.

Com toda a honestidade, eu não estava tão terrificada como há três dias atrás. Há três dias atrás, eu estava fraca e assustada, mas hoje eu queria mostrar ao Jake que eu não era a mesma menina petrificada que podia ser arrastada por aí. Eu tinha que mostrar que era mais forte que ele.

“Por aqui.” O Marcus resmungou. Eu rolei os meus olhos, bufando.

“Eu sei por onde é, eu vivi aqui durante anos.” Eu retorqui.

“Agora não é altura para te armares em espertinha comigo.” O Marcus avisou. Eu lancei-lhe um olhar quando ele não estava a olhar na minha direção, ajeitando a minha mala mais para cima dos meus ombros, rangendo os meus dentes.

“217, aqui estamos nós.” O Marcus disse, nem sequer hesitando em bater de forma audível na porta. Eu lembro-me de ouvir aquele bater barulhento às duas da manhã, desde o quarto da Aimee. Por vezes, ela ainda estava acordava e começava a chorar. Eu confortava-a e aceitava o que quer que viesse do Jake.

A porta escancarou-se, e eu imediatamente fiquei terrificada. Mas, em vez de ser recebida pelo Jake, eu fui recebida por uma rapariga com cabelo loiro que parecia que tinha acabado de estar numa trança, por causa de todas as ondas. Ela sorriu de forma desagradável para o Marcus e depois alterou o seu olhar para mim.

“Tanto trabalho por causa de uma rapariga? E ela parecesse com isto?” ela riu, sacudindo a sua cabeça. Eu apertei os meus dentes e os meus punhos, mas não disse uma palavra. Eu estava demasiado assustada para falar.

“Eu acho que ela é uma brasa.” O Marcus deu de ombros. Eu odiava como toda a gente falava de mim de forma tão rude, como se eu nem estivesse presente. Tu provavelmente irias pensar que eles me levariam para algum lugar desconhecido, mas novamente, eles eram criminosos desprezíveis e rascas e eles não tinham a decência de diversificar.

Eu segui o Marcus para a sala e imediatamente parei no meu lugar. Parecia exatamente como eu o tinha deixado, tirando o facto de estar muito mais sujo. Até cheirava ao mesmo, como uma mistura de erva (droga) e pó. Haviam poucas luzes acesas, exatamente como costumava ser, porque nós mal conseguíamos aguentar dinheiro para conseguir pagar a conta da eletricidade.

Motel 6 [Niall Horan] (Tradução em Português)Where stories live. Discover now