Motel 6 [Niall Horan] (Tradução em Português)

[63] The Forest

Desculpem ter demorado tanto, mas este ano ando a estudar mesmo a sério, e isso ocupa quase todo o meu tempo.

.

.

Avery Holmes

.

.

“Boa.” O Jake respirou, permanecendo atrás de mim,e segurando-me numa tranca forte, o cano da sua arma pressionado firmemente contra a minha testa. "Agora vamos ver se os teus amigos te vêm salvar, eh?"

Eu escolho ignorá-lo- O seu corpo suado está colado ao meu e ele cheirava tão mal que me fazia sentir como se fosse vomitar. Eu respirei pela minha boca em vez de o fazer pelo meu nariz, porque eu sabia que se fosse vomitar por causa da sua essência, ele me iria alvejar. As suas instruções específicas eram para 'gritar pelos teus amigos e não mexer' e eu não iria abusar da minha sorte.

A Kate estava à nossa frente, na pequena clareira, um grande sorriso malévolo na sua cara, e uma arma nas suas mãos. Ela já a tinha desencravado, muito semelhante a uma caçadora perseguindo o seu servo, esperando pela presa para ir para a armadilha. Isso deixava-me enojada e não havia nada que eu pudesse fazer para alterar tal coisa.

"Grita outra vez." O Jake disse.

"Eu acho que estou a ficar sem voz." Eu menti, tentando soar como se estivesse mesmo.

"A sério? E agora?" Ele perguntou, pressionando a arma mais perto do meu crânio. O metal frio era intimidante e assustador, mas se eu tentasse tirar a arma das mãos dele, a Kate iria simplesmente dar-me um tiro. Eu estava a espremer o meu cérebro, em diferentes possibilidades para me tirar desta situação.

Eu deixei sair um grito agudo novamente, esperando que todos os que estivessem escondidos nos arbustos não o tentassem seguir. Eu estava disposta a sacrificar-me ao Jake e à Kate se isso significasse que os meus amigos, namorado, e filha ficassem a salvo.

Pergunto-me o que estará a Aimee a pensar agora.

Eu rezei para que ela não estivesse assustada. Eu esperei que o Niall estivesse a tomar bem conta dela e a mantê-la a salvo, porque no fim do dia, o que importava, era a sua segurança em vez da minha. Isto podia soar como uma coisa mesmo sem amor próprio, mas todas as mães iriam pensar o mesmo. Uma vez que tu agarras na tua criança, tu sabes que fazes qualquer coisa para a manter a salvo, incluindo desistir da tua vida.

"O que é que tu queres?" Eu exigi. "Tu tens-me a mim!"

"Cala-te."O Jake grunhiu. "Kate, quanto tempo passou? Porque é que eles ainda não estão aqui?"

"Não me perguntes a mim." Ela disse. "Lembra-te, eu fico com o rapaz. Eu não quero saber o que acontece com ela, mas eu vou ser quem o vai matar." O meu coração caiu aos meus pés e eu debati-me no aperto do Jake. Para um bêbedo que não fazia nada para além de sair até tarde há noite, ele era forte. Pelo menos, mais forte que eu.

"E quanto aos outros, não quero saber." A Kate continuou. "Eles só estão a atrapalhar o caminho. Se precisares de os matar, força nisso." A maneira como ela falava das pessoas com quem eu me preocupava fazia-me querer gritar. A minha cara estava vermelha com a fúria de saber que eu não podia fazer nada para os salvar.

"Oh sim, e acerca da miúda pequena?" A Kate questionou. O meu coração parou por um momento e eu sacudi a minha cabeça, o meu maxilar pregado ao chão.