[12] New York City

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Avery Holmes

“Quantas horas é que já passaram?” eu sussurrei ao Niall, que nos estava a guiar pelo pico negro da noite. Ele bocejou e apalpou os seus bolsos em busca do seu telemóvel, o que automaticamente me fez sentir mal. Ele riu-se.

“Oh, exato, tu destruis-te o meu telemóvel.” Ele riu-se para mim.

“As minhas intenções foram boas, eu juro.” Eu ri-me. Eu olhei as horas no relógio do carro, já eram onze e qualquer coisa. O Niall queria colocar umas milhas de distância entre nós e o Motel 6, e ele estava a completar o seu desejo de ir um pouco para mais longe. Nós já lá tínhamos parado e conversado com a Shirley, e pegado as nossas coisas.

“Parece que amanhã nós vamos a uma Verizon amanhã, está bem?” ele perguntou. Eu assenti, curvando-me no meu banco de cabedal, o de passageiro. “Ugh, porra! Eu era para ter visto um jogo hoje! E eu perdi-o.” Os seus ombros afundaram.

“Eu nem sei o que isso é.” Eu admiti. Ele olhou para mim com uma espécie de olhar de horror e eu dei de ombros, sentindo-me um pouco mal. “Desculpa, Desculpa!” eu disse num tom sussurrado, levantando as minhas mãos em defesa. Nós não podíamos fazer muito barulho por causa da Aimee, que estava a dormir nos bancos de trás.

“É futebol.” Ele explicou.

“Oh.” Eu assenti. “Tu jogas?”

“Sim. ” ele assentiu. “Avançado direito é o que costumo jogar normalmente, mas acho que também sou bom a ser guarda-redes.” Eu ri-me e elevei uma sobrancelha na sua direção.

“Se tu gostas tanto de futebol, porque não sabes nada sobre ele?” eu questionei. “Isso é futebol europeu, Niall.”

Ele sacudiu a sua cabeça. “Ah, tinha-me esquecido que aqui vocês lhe chamavam disso. É futebol europeu, mas chamamos-lhe só futebol, como os países normais fazem.” Ele picou.

“Exato, tu és irlandês.” Eu relembrei-me. “Apesar de todo o teu sotaque, parece que me esqueço sempre. É tão engraçado quando tu dizes coisas como por exemplo ‘mãe’.” Eu ri-me. Ele deu-me um leve empurrão, e eu percebi, pela primeira vez, que as pisaduras nos meus braços estavam a desaparecer. Elas já não picavam mais, e já não estavam pretas e azuis. Eu sorri para mim mesma.

“Que foi?” ele riu-se para mim. “Porque estás a sorrir assim?”

Eu sacudi a minha cabeça, ainda a sorrir. “Não é nada.”

Antes que ele pudesse intervir, eu vi os arranha-céus gigantes à nossa direita e percebi que estávamos aqui. Eu nem pensava que o Niall soubesse que nós estávamos na beira da cidade de Nova Iorque. Tudo o que eu fazia era apontar, e o Niall podia-o ver. As luzes eram brilhantes e muito, muito bonitas. Eu maravilhei-me com aquilo, tirando o cinto e gatinhando para a minha janela.

“Tu ages como se nunca tivesses visto a cidade de Nova Iorque antes.” Ele riu-se baixinho.

“Isso é porque eu nunca vi.” Eu admiti, descansando as minhas mãos no meu colo. Eu olhei para ele e vi-o inspirar rapidamente, desta vez sem ser a fingir. “Que foi? Só porque eu vivo no estado, não quer dizer que viva na cidade.”

“Nós vamos encontrar um disfarce para mim, e depois vamos para a cidade. Eu quero ver todos os pontos importantes da cidade. Vamos ser como turistas.” Ele decidiu, indo para a área onde estava uma grande ponte que estava conetada com a cidade.

“Oh meu deus, é tão linda.” Eu disse, um sorriso plantado na minha cara. “Tu vens aqui com frequência?”

“Às vezes.” Ele deu de ombros. “Nós já tocámos no Madison Square Garden há cerca de um ano. Foi demais.” Ele sorri, relembrando-se. Eu nunca tinha percebido que ele era uma estrela pop tão grande. Eu não era burra, eu sabia o que o Garden era. Era o sítio para as pessoas que tinham mesmo atingido e merecido o sucesso.

Motel 6 [Niall Horan] (Tradução em Português)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora