Motel 6 [Niall Horan] (Tradução em Português)

[9] Tracker

Para esclarecer as coisas, eles conhecem-se há cerca de três semanas e meia c:

 

______________________________

 

Avery Holmes

“Vem para aqui.” Jake grunhiu, agarrando o meu braço. Eu queixei-me, os meus olhos abertos com o medo. Ele estava bêbedo outra vez, mas esta era uma das poucas primeiras vezes. Ele tinha estado comigo de forma física poucas vezes antes, mas todas as vezes se pareciam com a primeira.

“Jake, por favor diz-me o que fiz,” eu pedi. “Eu não o volto a fazer, eu juro!”

“Cala-te!” ele resmungou, tentando-me bater. Eu desvie-mei.

“Pára!” eu pedi novamente. “Jake, o que quer que eu tenha feito, eu peço desculpa. Eu não sei do que estás a falar...” eu disse, voltando a meter-me de pé e a encostar-me à parede. Eu não queria acordar a nossa bebé recém-nascida, Aimee, por isso eu falei numa voz baixa.

 

Jake deu-me uma chapada, deixando-me terrificada.

 

“És uma mentirosa!” ele gritou, agarrando no meu vaso de flores e estilhaçando-o contra o chão, os cacos de vidro a irem em todas as direções, alguns acertando-me.

“Por favor não faças isso, não é seguro para a Aimee.” Eu comecei a caminhar para o armário, para agarrar uma vassoura e limpar tudo, mas quando eu estava a meio do caminho, ele agarrou o meu braço novamente e parou-me na sala de estar.

“Está é a minha casa! As minhas regras!” ele rugiu na minha cara. Vindo do outro quarto, eu podia ouvir o choro da nossa bebé. Lágrimas correram pela minha cara e eu abanei a cabeça, mas ele segurou a minha cara, para ficar quieta.

“Por favor, estás a deixar a Aimee rabugenta.” Eu chorei, o meu lábio superior a tremer de forma descontrolada.

“A Aimee nem sequer importa.” Ele rolou os seus olhos, indo para a cozinha. Eu suspirei, aliviada por ele me ir deixar um momento.

 

Subitamente, enquanto o Jake se virava para me encarar, a sua cara mudou e contorceu-se na de outra pessoa. Eu permaneci ali, no chão, a minha mandíbula praticamente a bater no chão. Há um segundo atrás era o meu namorado, agora é o Niall.

Ele deu um passo atrás e depois descarregou em mim, atacando-me.

 

“Niall!” eu gritei. “Não faças isto, não faças isto...”

 

Acordei toda suada, agora, em vez de estar na sala de estar da minha antiga casa, eu estava numa desconhecida e escura sala. Levei uns segundos a perceber que estava no quarto de motel do Niall, e eu estava a salvo. Na cama, ao meu lado, estava a Aimee, ainda agarrada na sua tartaruga.

Estava uma sensação estranha no topo do meu estômago, e eu imediatamente me levantei e saí da cama. Eu coloquei a mão sobre a minha testa, eu não podia dizer se estava realmente doente, ou se estava doente deste sonho maluco que tinha tido. Era estranho, metade era memória, metade era um sonho insano.

Eu olhei para o Niall, de quem as feições eram calmas e pacíficas. Eu não o queria acordar, mas eu queria mesmo falar com ele agora. Estávamos no meio da noite e eu tinha medo que este sonolento estado de mente lhe fosse, acidentalmente, dizer algo que eu não quisesse que ele soubesse.