[21] Fight

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Avery Holmes

“Mas que porra foi esta?” o Niall atirou enquanto o doutor saía da suíte. Ele apanhou-me de surpresa, a sério. Frustrado, ele correu os seus dedos pelo seu cabelo.

“Ele não consegue saber.” Eu disse, os meus olhos bem abertos. Eu não sabia se devia ter medo do Niall ou não. “Ninguém pode saber, ninguém pode saber...”

“E então,  a Aimee pode continuar a sofrer assim?” o Niall perguntou.

“Nós vamos conseguir os seus remédios e vai acabar tudo.” Eu sabia que era uma completa mentira, porque eu sabia o que era DSPT e o quão sério era, mas eu só queria esquecer tudo isto pela Aimee, que estava agora a dormir e perfeitamente bem – por enquanto.

“Dizer pode não fazer as coisas ficar melhores, Niall.” Eu relembrei-lhe. “A polícia a questionar-nos... ir a tribunal...” eu sacudi a minha cabeça, fechando os meus olhos, imaginando que eram tudo coisas do passado. “Eu quero o melhor para ela, mas eu não sei o que isso é agora. Sobre-valorizar situações como esta, fazem-na passar-se.”

“Eu sei que isto é o melhor para ela.” O Niall disse, interrompendo os meus pensamentos. “E eu não sei por quanto mais tempo consigo aguentar isto. Ele merece ficar atrás das grades, Ave!” ele foi falando mais alto e eu podia vê-lo a ficar mais zangado. Eu afastei-me, indo contra o balcão da cozinha, começando a ficar preocupada.

“Não.” Eu parei-o. “Niall, não. Tu não podes.” Eu gaguejei. “Tu não podes contar a ninguém por enquanto, okay? A Darcy vem amanhã de manhã e eu vou falar com ela, mas isto é o meu segredo, não o teu. Se tu contasses...” eu arrastei, não querendo pensar no assunto.

“Aí está o ponto, Avery. É o meu segredo, também. Eu sou teu namorado, eu sou responsável pela Aimee!” Ouvir a palavra namorado escapar dos seus lábios, queria fazer-me sorrir, mas eu resisti à onda. “E eu quero proteger-vos às duas.” Ele suspirou, sacudindo a sua cabeça.

“Tu estás, agora. E nem é como se ele nos estivesse a magoar mais.” Eu murmurei. “Eu vou tomar um banho.” Eu comecei a dizer, saindo do sofá, quando eu senti um braço agarrar-me e virar-me para que eu encarasse o Niall.

“Pára de agir como se isto não fosse nada de mais, quando é!” o Niall aumentou possessivamente o tom de voz, e eu estava contra o balcão agora, quase como se estivesse presa.

“Eu nunca disse que não era.” Eu protestei, olhando para ele como se eu fosse uma criança.

O Niall ficou à minha frente por uns momentos, e depois tirou o seu telemóvel do seu bolso. Eu carranquei, insegura sobre o que ele estava a fazer ou o porquê de ele não me permitir mover. Eu cruzei os meus braços sobre o meu peito e ele marcou três números e tudo se afundou.

Não!” eu gritei, tentando pegar no telemóvel, ouvindo o toque enquanto o meu coração martelava no meu peito. O Niall afastou-se de mim, lançando-me um olhar, eu ouvi um click no outro lado e outra pessoa a falar. Eu comecei a chorar, isto não era o que eu queria, de todo.

“Sim, eu gostava de reportar um-” ele não foi muito longe antes de eu tentar apanhar o telemóvel das suas mãos. Eu fui sucedida na parte em que ele já não o estava mais a agarrar, mas eu tinha-o arremessado, provocando uma pancada no chão. Eu peguei nele, ligando-o, para ver se ele se tinha partido ou estragado.

“Eu...” a minha boca estava tão seca, e eu senti-me zonza. O Niall olhou em volta, zangado nesta altura, e se ele me fosse magoar, ele tinha a vantagem, visto que eu estava no chão e ele estava junto de mim e parecia uma torre.

Motel 6 [Niall Horan] (Tradução em Português)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora