Não Abra A Porta Para Estranhos [H.S]

10 - Circo.

Após alguns minutos de silêncio, finalmente paramos na mesma esquina que ele pegou o carro antes, o que é um pouco estranho já que ele poderia ter parado o carro em frente a minha casa, mas decido não perguntar nada sobre isso.

 Caminhamos até a casa e chegando lá, eu entro enquanto ele ia até o galpão per uma porta ao lado da casa. Subo para o quarto e me jogo na cama, dormindo ali mesmo.

(...)

  Para minha sorte, hoje já era sábado e eu teria o dia livre. Sem escola, sem stress! Os ultimos dias dessa semana foram normais até demais. Desde aquela noite Harry não apareceu mais, provavelmente está viajando, Zayn ainda está com seu olho roxo e Chelsea me deixou em paz quando viu o que aconteceu com o namoradinho dela, apesar de não ter sido eu quem fez aquilo!No momento eu estava sentada no sofá da sala, esperando Matt chegar de Londres para podermos passar um dia como quando eramos mais jovens. Alguém bate na porta e eu penso que só poderia ser uma pessoa, já que ele faz questão de ignorar campainhas, levanto-me e vou até lá.

-Olha quem está aqui! -Matt fala animado e me abraça.

-Achei que iria me deixar esperando. -Faço uma cara de brava e ele sorrir.

-Para depois você me bater? Nunca! -Ele se encosta no batente da porta. -Então, está pronta para viver uma aventura? -Ele olha para o nada e faz um gesto com as mãos, como se apontado para algo invisível.

-Não exagera. -Reviro os olhos.-E vamos logo antes que anoiteça. -Saio e fecho a porta.

-Mas a onde vamos só tem graça a noite! -Ele passa o braço por dentro do meu e caminhamos até seu carro, ele abre a porta para mim e em seguida entra e senta no banco ao lado.

  Ele dirigi por alguns minutos e aos poucos eu começo a me lembrar daquele caminho, e quando as luzes iluminam a estrada eu tenho certeza de onde estamos.

-Voilá! -Ele tenta falar um francês que saí com sotaque Arábe -Reconhece esse lugar? -Ele abre a porta do carro e eu saio.

-Como iria me esquecer? Parece até que eu ainda estou te vendo correr todo sujo de sorvete procurando a sua mãe! -Ao lembrar da cena começo a gargalhar e ele faz uma careta.

-O.k, não precisamos lembrar desse momento! -Ele revira os olhos. -Mas até que foi bom, pelo menos eu te conheci! -Matt coloca a mão nas minhas costas, me guiando pela grama baixa até a entrada do circo, compramos nossos bilhetes e entramos.Tudo estava do mesmo jeito da última vez que eu tinha vindo aqui, os brinquedos, as tendas de atrações, exatamente como eu me lembrava!

-Fiquei sabendo que agora eles tem a mulher barbada! -Matt fala enquanto paramos perto de uma barraca onde vendia algodão doce.

-Sério? E qual o poder dela?-Pergunto de propósito.

-Ela não tem poder, Skye! -Ele me olha como se eu fosse retardada. -Ela só tem uma barba maior do que a minha!

-Mas você não tem barba. -Franzo o cenho.

-Exatamente! -Ele sorrir e caminhamos até a tenda mais próxima, estava acontecendo um show de mágica.

  Ao entrar notava-se que o interior era roxo, diferente do forro de fora que estava pintado de laranja e vermelho, haviam várias cadeiras enfileiradas e bem a frente um palco. Sobre ele havia uma caixa com cerca de 1,80 com alguns desenhos, provavelmente para fazer o truque de serrar a moça ao meio, e como eu imaginei, bem ao lado dela havia uma menina simpática, com mais ou menos 17 anos, com um macacão, quase transparente, rosa com muito brilho e o cabelo amarrado em um coque. Segurando uma cartola e gritando "venham, venham para o melhor show da cidade!" estava o mágico, com seu típico bigode e uma capa, um tanto exagerada.

  Assim que todos se acomodam, as luzes se apagam e o homem coloca sua cartola e coma a balançar a capa, espalhando um pouco de glitter pelo local.

-Estão prontos para presenciar algo nunca visto? Um truque que irá deixar-los de cabelo em pé... -E assim começa aquele discurso chamativo e entediante, depois do que para mim foram séculos, ela finalmente começa.

Primeiro ele faz aquele teatro, depois a menina entra na caixa e ele tranca as portas, em seguida começa a "corta-la" e tirar os blocos trocando eles de lugar, depois de todos fazerem "ohh" ele os organiza e abra as portas, a garota saiu com um lindo sorriso e tudo no exato lugar, gerando uma onde de aplausos. Após vários outros truques, do mais simples como tirar uma pomba da cartola até o mais complicado como engolir uma moeda e faze-la reaparecer dentro de seu pulso, finalmente o show termina e eu e Matt saímos.

-Você viu aquilo? Foi incrível! -Ele exclama, aparentemente ainda um pouco tonto depois de ter visto o "sangue" de quando o homem se cortou.

-São truques, Matt. Qualquer um pode fazer! -Suspiro, jogando a embalagem da pipoca no lixo.

-Mesmo assim, ainda foi demais! -Ele sorrir.

-Certo. -Reviro os olhos.

-Olha aquilo, um barraca de tiro o alvo! Vamos?

-Vai na frente, preciso respirar um pouco. -Sorrio e ele corre até a barraquinha a alguns metros de onde estavamos.

  Caminho até um local menos movimentado, era quase "os fundos" do circo, era um local menos iluminado e perto de uma pequena floresta, mas o ar era mais puro e eu realmente estava precisando respirar um pouco, havia sentido uma sensação estranha assim que saimos da tenta do mágico.

  Ouço choramingos e barulhos de caixas caindo, meu primeiro pensamento é correr, mas ouço aquilo denovo e percebo que alguém precisava de ajuda.