13 - We Are Not Alone.

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Após alguns minutos tentando, Matt não consegue que o celular dê área para chamar ajuda, a chuva estava muito forte e o carro já estava cercado por neblina.

-Que droga! -Matt exclama e bate o celular contra o banco.

-Calma, tenta de novo. -Falo calmamente.

-Eu já tentei, Skye. Não dá área aqui! -Ele suspira. -Acho que vou ter que sair! -Ele abaixa um pouco o vidro da janela e assim algumas gotas nos molham.

-Tá brincando? Nessa chuva você não vai conseguir nada além de uma gripe!

-Tenho que tentar, não podemos ficar presos aqui até a tempestade passar. -Ele dá de ombros e abre a porta, saindo logo em seguida. Colo o rosto na janela e consigo ver ele caminhando entre a lama e se afastando cada vez mais do carro. Suspiro e cruzo os braços sobre o peito, tento ligar o rádio mas estava sem sinal, então me distraio com alguns cartões postais que estavam no porta luvas, Paris, New York... É ele já viajou bastante, e eu sempre cobrei o que ele prometeu; me levar a Itália.

  Encosto a cabeça no banco do carro e fecho os olhos, mas um grito logo interrompe o silêncio. Eu abro os olhos e espero para ter certeza do que tinha ouvido, e a voz do Matt ecoa pela floresta outra vez. Sem pensar duas vezes abro a porta e sigo em direção ao som, corro pela mata, desviando de algumas árvores e galhos. Chego em certo ponto e a terra estava revirada, olho para um lugar mais a baixo perto do rio e o vejo caido, eu desço e vou até lá.

-Matt? -Me ajoelho ao seu lado e coloco sua cabeça em meu colo.

-Skye? -Ele abre os olhos devagar. -Ah! -Ele se encolhe e grita de dor.

-O que houve? -Pergunto, enquanto o ajudo a sentar-se.

-Minha perna está doendo! -Eu me aproximo e a toco, mas ele grita. Aparentemente estava com a perna quebrada.

-Eu disse para você não vim, como conseguiu cair dalí? -Aponto para a parte de cima.

-Mas eu não caí, alguém me empurrou! -Faz-se um silêncio por alguns segundos e eu tenho uma sensação estranha.

-Mas nós somos os únicos aqui. -Olho para os lados, um pouco nervosa.

-Não. Eu senti quando alguém me empurrou, Skye! -Ele segura em minha mão e olha em meus olhos.

-Certo, agora vamos para o carro. -Eu não estava tão tranquila quanto tentava demostrar, na verdade eu também estava com medo.

  Ele apoia o braço sobre meus ombros e, com cuidado para não escorregar, consegimos sair. Caminhamos devagar pela floresta e o fato de estarmos sujos de lama e ainda estar chovendo não ajuda em nada!

-Espera! -Ele fala e para.

-O que foi? -Pergunto ainda o apoiando.

-Vamos parar um pouco. -Ele respira fundo e eu o ajudo a sentar-se em baixo de uma árvore frondosa, que evitava que ficassemos tão molhados.

  Quanto mais tarde ficava mais escura e sombria a floresta parecia, Matt estava suando muito e claramente sentia dor, mas tentava parecer forte e não reclamava, eu estava sentada ao seu lado. Aos poucos, vou adormecendo.

  Acordo com algo tocando minha mão, quando abro os olhos percebo se tratar de um pequeno esquilo cujo nos redeava, talvez procurando comida. Eu o acaricio e ele parece não se importar, mas logo noto algo reluzente em sua boca, quando me aproximo percebo se tratar de chaves. Chaves? Talvez as chaves do carro de Matt?! Tento pegar, mas ele começa a correr.

  Eu deixo Matt dormindo e vou atrás do esquilo, ele corria rápido e era quase impossível alcança-lo, mas ele para e é quando eu finalmente consigo pega-lo. Quando observo bem, percebo que ele não avia simplesmente pego, mas as chaves estavam presas nele, alguém tinha colocado de propósito, alguém que estava nos observando a todo o momento. Eu deixo ele ir embora e dou alguns passos, para voltar a onde Matt estava. Certo, mas por onde é o caminho? Eu olho ao redor e não consigo me lembrar por onde vim, estou perdida!

  Passam alguns minutos e eu ainda não conseguia voltar, tinha medo de tentar e acontecer algo pior, por mais que eu estivesse longe o lugar era aberto e aparentemente eu não corria risco de ser atacda por algum animal. Eu já estava ficando com muito medo e meus nervos cada vez mais a flor da pele, até que tomo uma titude impensada.

-Eu sei que você está ai! -Grito. -Eu não sei quem você é e nem o que quer comigo, mas eu sei que você tentou matar aquela garota! -A essa altura eu já estava rodando e olhando para todas as direções a procura de alguém, mas quando ouço um barulho de flohes secas se partindo me arrependo do que disse.

  Ouço um barulho atras de mim e me viro, porém fico chocada com o que vejo. O esquilo que havia pego as chaves estava com uma corda no pescoço e pendurado em uma árvore. Que tipo de pessoa enforca um esquílo?!Caminho alguns passos para trás e bato em alguma coisa, uma pedra talvez, e após cair tudo fica escuro.

(...)

  Sinto algo tocar meu rosto e abro os olhos devagar, ao levantar a vista noto Matt me olhando atentamente e sorrindo.

-Matt? -Pergunto, me desenconstando de seu ombro.

-É, acho que sou eu! -Ele sorrir.

-O que você... o que eu estou fazendo aqui? -Coloco a mão na cabeça ao sentir uma dor forte, talvez devido a queda.

-Passamos a noite aqui, esqueceu? - Ele franze a testa. 

-Sim, mas... -Eu paro antes de concluir a frase, seria melhhor não dar detalhes já que alguém me trouxe até aqui. Alguém que estava nos observando a todo o momento.

-Acho melhor voltarmos para o carro antes que apareça o Jason com um serra elétrica! -Eu o ajudo a lentar-se e aos poucos conseguimos chegar até o carro, eu o coloco no banco de trás e sento-me no lugar do condutor.

-Agora podemos ir. -Matt tenta sorrir mas logo se contorse de dor.

-Matt, eu não sei dirigir, esqueceu? -Como a terra já estava seca por ter parado de chover, o carro já poderia andar, mas eu nunca aprendi a dirigir.

-Para tudo tem uma primeira vez, só é colocar a chave alí -Ele aponta - e ligar o carro, é facíl.

-Se eu fizer isso é bem provavel que aconteca algo muito pior, me dar seu telefone! -Ele estende a mão me entregando-o e eu vou para o lado de fora.

  Para minha sorte consigo chamar uma ambluância que logo chega, os medicos fazem algumas perguntas mas eu não tinha as respostas para todas. Ao chegar no hospital, eu espero até Matt ser liberado e uma secretária do seu pai vai busca-lo, nos despedimos e eu pego um ônibus para voltar para casa.Vou direto para o quarto e tiro as roupas sujas, tomo um banho e vou para a escola, talvez eu ainda pegue o ultimo horário.

Não Abra A Porta Para Estranhos [H.S]Where stories live. Discover now