18 - Believe.

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  A aula já havia acabado a algum tempo e caminhavamos em direção ao portão da escola, por incrível que pareça, o dia foi muito agradavel. Chelsea havia faltado e eu sinceramente esperava que isso acontecesse outras vezes, agora que já fiquei de suspensão uma vez, pretendo realmente melhorar e "recuperar" a boa imagem que eu tive a alguns anos atrás.

-Sua casa fica muito longe? -Pergunto, enquanto brinco com uma mecha do meu cabelo.

-Na verdade é um apartamento. -Niall responde. -E sim, fica em uma parte menos movimentada da cidade.

-Só moram você e seu irmão? -Percebo que ele fica um pouco desconfortável quendo menciono seu irmão.

-Sim, na verdade ele passa a maior parte do tempo com os amigos e eu fico só. -Ele dar de ombros.

  Ouço um barulho de motor hà alguns metros de nós e olho para Niall, que parece ficar tenso ao perceber um grupo de motoqueiros se aproximando. As motos param no gramado da escola, chamando a atenção de todos que passavam pelo local. Um dos rapazes desce da moto e vem em nossa direção, ele usava um coturno preto, com uma calça jeans surrada e uma jaqueta de couro por cima da t-shirt branca. Assim que ele tira o capacete percebo um pircing no nariz, cabelos loiros formando um topete bagunçado e olhos cor do mar.

  Ele para a nossa frente e nos encara por um bom tempo, antes de dar um pequeno sorriso e bater levemente no ombro de Niall.

-Hey maninho, não vai me apresentar sua amiga? 

-O que você está fazendo aqui? -Ele pergunta receoso.

-Vim te buscar, a mãe e o pai estão lá em casa. -O rapaz revira os olhos. 

-Tenho que ir. -Niall suspira. -Nos vemos amanhã?

-Sim. -Sorrio.

  Eles caminham até conversando sobre alguma coisa, e a presença do irmão parecia intimidar muito Niall. Eles colocam os capacetes e sobem na moto, que em seguida parte deixando apenas uma nuvem de poeira na rua.

  Eu vou até o ponto e espero o ônibus passar, para minha sorte ele logo chega e vou até o ultimo assento, sentando-me e colocando os fones de ouvido. Após alguns minutos paramos em uma rua com algumas lojas e eu desco, caminhando até um pequeno armazem.

-Skye! -O sonhor a minha frente sorrir.

-Olá, senhor Jhonson. -Me aproximo do balcão.

-Precisa de alguma coisa? -Ele limpa as mãos em seu avental, fazendo o mesmo ficar sujo de gracha.

-O senhor disse que meu celular estaria pronto hoje, lembra? 

-Claro, claro! -Ele caminha até um armário, abrindo a gaveta e retirando de lá uma caixinha. -Aqui está. -Ele me entrega.

-Obrigada, meus pais já lhe pagaram, certo?

-Sim, querida. -Ele sorrir e eu assinto, caminhando em direção a saída

  Eu abro a caixa e tiro o aparelho de lá, assim que o ligo percebo ter três chamadas perdidas, e antes que eu retorne ele toca outra vez.

-Sim? -Pergunto.

-Skye, aqui é a Debbie. Sua mãe deixou Thomas dormir aqui, mas ninguém veio busca-lo, está tudo bem? -Seu tom de voz me passava preocupação.

-Sim, eu acho que ela ainda não chegou. Mas eu já estou indo. -Suspiro e após ouvir um "certo." desligo.

  Caminho com rapidez em direção a minha casa, que ficava a poucas quadras do local em que me encontrava. Ao chegar eu entro e deixo a mochila no sofá, visto um moletom e saiu em direção ao ponto de ônibus, onde fico atualizando meu celular.

-Skye? -Olho para o carro preto parado à minha frente, e vejo Harry me observando.

-Oi, Harry. -Suspiro.

-Para onde está indo?

-Buscar o Thomas na casa de um amigo. -Me desencosto da parede, guardando o celular no bolso.

-Quer uma carona? -Ele pergunta.

-Não precisa. -Nego.

-Por favor. -Ele sorrir e abre a porta, eu penso por alguns segundos e logo assinto, entrando no carro.

  Vamos todo o caminho em silêncio, eu o indico em que rua deve entrar e dentro de alguns minutos paramos em frente a casinha branca onde Thomas esperava sentado em um degrau e a família de seu amigo nos olhavam impacientes, cercados por malas.

-Graças a Deus! -Debbie exclama quando eu e Harry saimos do carro.

  Thomy se levanta e cruza os braços enquato me olha com raiva.

-Achei que tinham me esquecido! -Ele bufa.

-Claro que não, entra no carro. -Sorrio.

-Thomas é um ótimo garoto, mas nós temos que viajar agora! -Ela pega uma mala que estava no chão.

-Tudo bem, e mais uma vez desculpe. 

Nós entramos no carro e Thomas nos encara, em seguida dar de ombros. Nós seguimos viajem de volta à casa e logo chegamos, Thomy sai assim que o carro para e vai direto para casa.

-Obrigada. -Sorrio para Harry e ele retribui.

  Saio do carro e Harry faz o mesmo, dizendo que havia esquecido alguma coisa no galpão. Eu entro em casa e meu celular vibra no bolso, assim eu o pego e leio uma mensagem da minha mãe que pedia para que eu fosse buscar Thomas, eu respondo falando que já havia feito isso e ela explica que só voltaria a noite.

  Levanto o olhar para a rua e vejo Niall se aproximando, ele estava quase correndo e seu sorriso era capaz de ser visto a quilómetros de distância. Harry estava caminhando de cabeça baixa e os dois se esbarram, eles se encaram por algum tempo até que seguem em frente.

-Niall? -Pergunto surpresa.

-Sim, e eu tenho uma ótima notícia! -Ele estava quase pulando de ânsiedade.

-O que houve? -Sorrio com sua empolgação.

-Lembra quando meu irmão foi me buscar na escola? Bem, meus pais vieram falar que vão me apoiar em tudo que eu fizer, ou seja; eles vão me bancar para ir até Londres fazer a audição para o The X Factor!

-Oh meu Deus! -Quase grito e o abraço, ele segura minha cintura e me suspende no ar.

  Quando abro os olhos, vejo sobre seu ombro Harry nos observando com atenção encostado em seu carro. E aquele olhar faz com que eu sinta a mesma sensação de medo que senti quando conheci.

Não Abra A Porta Para Estranhos [H.S]Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora