Não Abra A Porta Para Estranhos [H.S]

46 - Back?

- O quê? - Seria isso verdade, ou Luke poderia estar tentando nos enganar. 

- Ele nunca gostou de falar sobre isso, é um assunto difícil. - Suspira.

- Imagino, mas você sampre falou dele com tanto  carinho, não poderia adivinhar que não são irmãos de sangue. - Até a semelhança física entre eles me fazia crer que se tratava de irmãos. 

- Eu sei. - Ele sorrir. - Mas desde que meus pais contaram a Niall que era adotado, ele tem procurado por sua família biológica, esse é um dos motivos para ele ter vindo morar comigo.

- Então você acha que a família dele está nesta cidade? - Harry entra na conversa.

- Não sei, ele nunca falou nada. - Luked dar de ombros, quase como se fizesse pouco caso em responder a esta pergunta. 

- Mas, você sabe se ele tinha anotações ou qualquer coisa do tipo? - Pergunto, tentando quebrar a troca de olhares entre eles. 

- Não sei, Skye. Sempre que ele voltava da escola se trancava no quarto, e eu nunca entrei lá. 

- Posso dar uma olhada? Talvez encontre algo interessante. - Sugiro.

- Claro. - Seu tom de voz deixava claro o fato de que Luke não estava confortável com nada que estava acontecendo. Mas, em seu lugar, eu também não estaria.

  Seguimos atravessando a sala em direção ao quarto, sempre na mesma ordem; Luke indo na frente, eu em seguida, e Harry logo atrás, como se quisesse observar o local, sem ser interrompido por nossos olhares.

  Luke destranca a porta de madeira à nossa frente, dando acesso ao quarto de Niall.

Apesar do cômodo ser pequeno, estava incrivelmente organizado. Nas paredes brancas estavam apoiados pequenos blocos de madeira com fotos de família e algumas miniaturas de carros em cima.

  Os lençóis azuis caiam perfeitamente sobre a cama e havia um Notebook em uma mesinha de cabeceira, próximo ao abajur.

  Ao notar este pequeno detalhe, me aproximo e sente na cama, tentando ao máximo respeitar aquele espaço.

- Posso? - Aponto para o aparelho, então Luke assente, dando-me permissão para pega-lo.

  Natela de inicio  encontro várias pastas, mas nada que chama atenção. Continuo vasculhando os arquivos, até que decido ir ao histórico do Google.

  Haviam varias pesquisas relacionadas ao Orfanato Springdale, aparentemente ele havia descoberto onde foi deixado assim que nasceu. Havia também um "chat" entre os dois, as mensagens anteriores haviam sido deletadas, tudo que pude ver era um endereço, enviado pelo Orfanato.

- Luke. - Sussurro.

Ele me olha e meche cabeca, como quem pergunta "que houve?"

- Acho que encontrei algo -, aponto para a tela do computador - conhece? - pergunto, logo que ele se aproxima.

- Não, nunca ouvi falar. - Nega. - Acha que pode ser uma pista?

- Não custa verificar. - Harry dar de ombros, parado próximo à porta, pronto para sair.

- Então, vamos? - Sugiro.

(...)

  Cerca de trinta minutos depois, paramos próximo a uma casa incrivelmente grande. Saimos do carro e caminhamos até lá. Havia um jardim organizado e com flores das mais variadas espécies na frente, a fachado era de tijolos e, pelo que se via, parecia ter no mínimo um quarto por metro quadrado.

- É aqui? - Luke pergunta, enquanto olhamos perplexos para aquilo que, facilmente, seria chamado de "castelo".

- Acho que sim. - Assinto, verificando o papel onde havia escrito o endereço.

- Então, o que estamos esperando? Vamos provar que Luke é inocente! - Harry exclama, fazendo questão de despejar irônia em cada frase.

  Caminhamos até a porta da casa, e tocamos a campainha, não demora muito e ela logo é aberta.

- Posso ajudar? - Uma senhora de olhar gentil nos pergunta, provavelmente a governanta.

- Queremos falar com... - Antes que termine a frase, sou interrompida.

- Oh, me desculpem, vocês devem ser os amigos de Mason, não é?

  Olho para os rapazes, para ter certeza de qual resposta deveria escolher.

- Claro! - Assinto, com um pequeno sorriso para disfarçar meu nervosismo.

- Ótimo, entrem! - Ela nos dá passagem, permitindo que entremos.

  Aquela era simplesmente a sala mais bonita que eu já havia visto em toda minha vida. O chão era de um Mármore incrivelmente branco, haviam pilares da mesma pedra e uma escada que levava até o segundo andar.

  Somos instruídos a sentar no sofá e esperar enquanto a senhora preparava biscoito e chá para nós.

- Você acha que é aqui, sabe, onde a família de biólogica de Niall vive? - Luke sussurra ao pé do meu ouvido.

- Talvez, Luke. - Respondo.

  Ficamos mais alguns segundos a esperar, até queu uma voz estranhamente familiar quebrar o silêncio do ambiente.

- Já chegaram, Maria? - Alguém atrás de nós pergunta.

  Assim que viro-me para ver quem é, meu coração para por alguns segundos, meus olhos só podem estar pregando-me uma peca. Não é possível.

- Niall? - Minha voz trêmula sussurra.

  O rapaz que vonha descendo as escadas era completamente igual a Niall. Os mesmo cabelos, os mesmo olhos, o mesmo rosto. Era ele.

  O garoto para logo que chega ao ultimo degrau. Ele cresce os olhos e olha para a direita e para a esquerda, como se procurasse por alguém.

- Está falando comigo? - Pergunta, parecendo surpreso.

- Oh meu Deus, Niall! - Levanto-me, o que faz Luke e Harry virarem e olharem para o rapaz, como eu já fazia.

- Caso se dirija a mim, sinto dizer que me chamo Mason, senhorita. - Fala tranquilamente, caminhando até onde estávamos.

Olho para Luke que parecia estar em outro mundo ao olhar fixamente para "Mason". Harry também parecia surpreso, mas o media com o olhar.

- Enfim -, ele suspira. - quem são vocês?

- Nós precisamos falar com você, Mason. - Harry fala, já que parecia ser o mais calmo de nós.

- Eu não os conheço e não vou falar com ninguém. - Dar de ombros, olhando para a empregada com insatisfação.

- Desculpe, eu só os deixei entrar porque acjei que fossem seus amigo. - A senhora se defende.

- Maria, você acha que eu seria amigo de gente assim. - Ele fala arrogante e logo dar um sorrisinho. Ele definitivamente não é o garoto que eu conheci.

- Não é ele. - Harry sussurra.

- O quê? - O encaro.

- Esse não é o seu amigo, mas acho que sei quem pode ser...

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