19 - Song.

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-Acho melhor entrarmos. - Falo ,dando passagem para que Niall entre. 

Harry continua nos observando, até o momento em que eu fecho a porta e trato de ignorar toda aquela aflição que de repente, me atingiu. 

Eu indico a sala e logo eu e Niall caminhamos até lá. Nos sentamos no sofá e ficamos nos encarando por alguns minutos, até que decido quebrar o silêncio, afinal, hoje é um dia de comemorar! 

-Então, quando você vai para Londres? - Pergunto, e ele levanta o olhar para mim. 

-Ainda não tem data, mas eu espero que seja logo! -Ele sorrir, brincando com seus dedos polsados sobre a almofada em seu colo. 

-Quanto tempo você acha que vai passar lá? 

- Se eu passar nas audições ainda tem outras fases, e acho que vou ter que deixar a escola. -Ele suspira. 

-Sério? -Deixo escapar um lamento, sei que nos conhecemos a pouco tempo, mas depois de Matt, ele é meu único amigo. 

-Sim, mas eu vou voltar para Bradford, afinal agora tenho uma amiga aqui. - Ele abaixa um pouco a cabeça, para que eu não perceba suas bochechas coradas. 

- Sim. - Sorrio. - Posso te pedir uma coisa? 

- Claro. - Ele me olha, curioso. 

- Pode cantar para mim? Eu nunca o ouvi cantar. - Peço timidamente. 

- Claro, mas eu vou precisar de um estrumento para acompanhar. 

- Eu tenho um violão, pode ser? 

-Sim.

- Ótimo, vou pegar. - Sorrio e me levanto,  indo em direção à escada.

- Você toca? - Ele pergunta, se virando e olhando para mim por cima do sofá. 

- Na verdade não. Eu ganhei no meu aniversário de treze anos, mas nunca aprendi a tocar! - Falo quase gritanto, já que estávamos distantes. 

Subo as escadas de dois em dois degraus, com o intuito de chegar mais rápido ao segundo andar. Passo pelo corredor em passos apressados até que chego ao meu quarto, coloco um banquinho ao pé do guarda - roupas, em seguida pego o violão ainda em sua capa, descendo e saindo do quarto. 

Volto ao corredor e decido ir ao quarto de Thomas, ele ainda é uma criança e deve estar se sentindo um tanto só, afinal ele acha que esquecemos ele. Abro a porta devagar e entro, o encontrando sentado na cama, jogando seu video - game. Me aproximo e sento ao seu lado. 

- Oi,tudo bem? - Pergunto com uma voz tranquila. 

- Claro, por que não estaria? - Ele não olha diretamente para mim, apenas continua jogando. 

- Nada, só achei que você poderia estar irritado... - Antes que continue, sou interrompida. 

- Só porque vocês me largaram e ninguém se importou em ir me buscar? Tudo bem! - Ele cospe as palavras de forma irônica. 

- Desculpe, eu realmente achei que a mamãe iria te buscar! - Tento argumentar. 

- E onde está ela? - Pela primeira vez, ele me encara. Assim como pela primeira vez, eu não tinha a resposta. 

- Está com o papai, tenho certeza que logo vai chegar. - Suspiro. 

- O.k, e por que você estava com o esquisito? Achei que não gostava dele. - Seu tom de voz já havia voltado ao normal, aparentemente ele não estava mais bravo. 

- Ele só me deu uma carona para ir te encontrar, não reclama! - Sorrio e ele faz o mesmo. 

- Certo, agora vai ficar com seu amigo e me deixa jogar. 

Não Abra A Porta Para Estranhos [H.S]Where stories live. Discover now