38 - Who's Here?

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- Luke eu... não sei o que dizer. - Admito.

- Um "sim" seria uma boa resposta. - Ele dar de ombros.

- Bem, então... - Respiro fundo, ainda preparando uma resposta.

- NÃO! - Ouço Harry gritar, nos fazendo olhar para ele.

- Como é? - Luke franze o cenho, o encarando.

- Oh, desculpe, não queria atrapalhar. - Ele sorrir sinicamente. - Não foi com vocês, apenas recebi uma má notícia.

- Está tudo bem? - Caminho alguns passos, até Luke segurar meu braço e me parar, me olhando como quem diz: "Esqueceu de nós? "

- Sim, não se preocupe, não é nada que vá lhe atingir. - Harry garante.

- Como eu ia dizendo... - Luke pigarreia, tomando minha atenção. - Qual sua resposta, Skye?

- Luke, lembra quando estávamos no seu apartamento e eu disse para irmos devagar? - Suspiro, o encarando com pesar.

Ele apenas assente, como se pudesse prever o que eu estava prestes a dizer.

- Ainda penso assim. - Assumo. - Você é ótimo para mim, mas não acho que devemos fazer isso. Não agora.

Luke me encara, claramente desolado, até que abaixa a cabeça e assente, como se estivesse prestes a chorar, mas ele não o faz. Ele fecha as mãos com força, então me encara com um sorriso malícioso, como se minhas palavras fossem, de alguma forma, engraçadas. Sua aparência naquele momento, apenas deixava tudo mais assustador.

- O.k, tudo bem, como quiser. - Ele dar de ombros, falsamente conformado.

- Sem querer incomodar, mas vocês vão demorar muito? Já está um tanto tarde, não acham? - Harry interrompe, nos lembrando que, provavelmente, já passava das 22:00h.

- Sim -, Luke revira os olhos - aliás, eu já vou. - Ele avisa, escondendo as mãos nos bolsos da jaqueta e caminhando em direção a porta.

- Você não vai ficar com raiva de mim, não é? - Pergunto, enquanto o acompanho.

- Só porque levei um "não" na primeira vez em que pedi alguém em namoro? - Ele ergue as sobrancelhas. - Imagina! - Falando ironicamente, ele abre a porta e vai para o quintal, logo saindo pelo portão.

- Droga! - Sussurro, escondendo o rosto com as mãos. - Droga, droga, droga! - Bato os pés no chão, cruzando os braços sobre o peito.

- Vai ficar de birra? - Harry pergunta, enquanto me olha com um pequeno sorriso.

- Eu não estou fazendo birra, só não sei por que tudo tem que dar errado na minha vida! - Bufo, sentando na cama.

- Acredite, sua vida é melhor do que você imagina. - Ele senta-se ao meu lado.

- Jura? - Sorrio com ironia.

- Sim. - Ele assente, logo abaixando a cabeça, como se lembrasse de algo triste.

- Está tudo bem? Tem haver com a tal notícia? - Franzo o cenho.

- Não, não tem nada a ver com aquilo. Eu apenas não acho certo você reclamar de sua vida, afinal, existem pessoas que fazem tudo para que você seja feliz. - Harry dar de ombros.

- Eu sei. - Suspiro. - Desculpe por incomodar, você deve estar cansado. - Levanto, caminhando em direção a porta.

- Tudo bem, e desculpe pelo seu namorado. - Ele vem até mim. - Quer dizer, seu amigo.

Ele abre a porta, dando passagem para que eu saia, e assim o faço.

Caminho com calma em direção à minha casa, com as mãos escondidas nos bolsos da calça e chutando pedrinhas que, eventualmente, apareciam em meu caminho.

Tenho medo de perder Luke, ele tem sido minha única companhia nestes últimos tempo, porém as palavras de Harry não me saem da cabeça; Ele se importa comigo.

Deixo um sorriso bobo escapar de meus lábios, e só então percebo que já havia entrado em casa. Thomas me olha com estranheza, como se tentasse adivinhar o que passava por minha mente.

- O que estava fazendo lá fora? - Ele me encara com as sobrancelhas erguidas.

- Eu... fui pegar um par de galochas que esqueci no quintal. - Explico, dando a primeira resposta que me veio à mente, mesmo que seja descabida.

- O.k, e onde estão as galochas? - Ele cruza os braços.

- Não encontrei, talvez mamãe tenha as levado lá para cima. - Volto a andar, agora em direção às escadas.

- Vou perguntar a mamãe sobre isso. - Ouço sua risada.

- Nem pense nisso! - Respondo, sabendo que ele não havia acreditado no que eu disse.

Ao chegar no corredor, passo em frente ao quarto dos meus pais e noto que a porta estava entreaberta, ao me aproximar ouço minha mãe falar no telefone.

- Quem é você? - Ela pergunta, após algum tempo de silêncio, ela volta a falar. - Como assim 'não importa'? Se você está ligando, eu exijo saber quem é!

Por algum motivo, aquela conversa chega a me dar arrepios. O que poderia estar acontecendo?

- isso deve ser um trote, não é? Saiba que se você não parar de ligar, eu vou chamar a polícia!

Ouço o " plim " do celular sendo desligado e em seguida passos em minha direção, tento sair de perto da porta, porém logo esta é aberta e minha mãe me olha com surpresa.

- Skye? - Interroga.

- Oi! - Sorrio fraco.

- O que está fazendo aqui? Achei que já estivesse na cama.

- Eu estava, mas fui beber um copo d'água! - " Mais uma mentira, parabéns Skye! "

- Oh, claro. - Ela assente, um pouco desligada.

- Está tudo bem? Sem querer eu ouvi sua conversa, realmente não sabe quem era?

- Não, querida -, ela suspira - não sei, mas provavelmente era apenas um garoto passando trote.

- É, deve ter sido.

- Não se preocupe, o.k? -Ela sorrir. - Vá dormir, já está ficando tarde.

- Certo, boa noite. - A abraço.

- Boa noite, meu anjo. - Após beijar minha testa, mamãe se afasta e caminha em direção à cozinha.

Respiro fundo e vou parameu quarto, porém algo me vem ao pensamento; O Matt falou algo parecido sobre alguém que ligava o ameaçando.

Primeiro Matt e agora minha própria mãe, por que eu sinto que tudo isso tem a ver com a morte de Niall? E se a morte de Niall estiver ligada ao homem que entrou em meu quarto? Se as pessoas mais próximas de mim estão sendo atingidas, Luke estaria correndo perigo?

Tantas perguntas sem resposta fazem minha cabeça doer, então assim que entro no quarto, vou até o banheiro e pego um pequeno frasco de comprimidos para dor. Sem querer sair outra vez, pego a garrafa de água que levo para a escola e bebo um gole, fazendo o remédio descer.

Em seguida volto ao banheiro e tiro cada peça de roupa, ligando o chuveiro e deixando a água morna escorrer pelo meu corpo. Porém um barulho estranho me assusta, e logo decido ignora-lo, até que ouço outra vez.

Desligo o chuveiro e enrolo a toalha em meu corpo, com cuidado caminho sobre os ladrilhos que cobrem o chão do banheiro, ao abrir a porta noto que as luzes do quarto estavam apagadas, porém um detalhe chama minha atenção: estava muito frio.

Ao olhar na direção da janela, vejo a cena que jamais irei esquecer; havia um homem em pé sobre a sacada. Tudo que estava visível era sua silhueta e seus olhos incrivelmente azuis, tão azuis que chegavam a ser violeta. Naquele instante não tive dúvidas, era o homem. 




Não Abra A Porta Para Estranhos [H.S]Where stories live. Discover now