Me:
[Quem é você?]Desconhecido:
[Você me conhece.]Me:
[Conheço?]Desconhecido:
[Sim. Muito bem.]Me:
[Me diga seu nome.]Desconhecido:
[Você me conhece.]Me:
[Errado. Não conheço.]Desconhecido:
[Você me conhece.]
[Você me conhece.]
[Você me conhece.]
[Você me conhece.]
[Você me conhece.]
[Você me conhece.]
[Você me conhece.]
[Você me conhece.]
[Você me conhece.]
[Você me conhece.]Ao ver uma sequência com mais de vinte mensagens com essa mesma frase, solto o celular, deixando-o cair na cama, ao meu lado.
Após alguns minutos vibrando, ele finalmente para. Todas as mensagens diziam a mesma coisa.Suspiro, cobrindo o rosto com as mãos.
Quem estava mandando as mensagens? Será que realmente é alguém que eu conheço, ou simplesmente quis me fazer desconfiar de todos que estão ao meu redor?Se essa foi a intenção, conseguiu.
Olho na direção do galpão, lembrando de como Harry se encontrava ontem, tão ferido.
Com um esforço surreal levanto-me da cama, caminhando vagamente em direção a janela, tendo em vista o galpão, que se encontrava fechado.Atravesso o quarto em passos curtos, sentindo meu corpo implorar para que eu descanse, porém há algo mais importante à ser feito nesse momento.
Descendo as escadas, passo silenciosamente por onde minha mãe se encontrava, agradecendo por ela não ter me visto. Abro a porta da cozinha e caminho pelo quintal, não me importando em estar apenas de pijama, vou até o galpão, batendo três vezes na porta amadeirada.Assim que ela é aberta, sinto um suspiro de alívio deslizar em minha garganta, ao ver Harry de pé, com o mesmo semblante frio e distante de sempre.
- Você está bem! - Exclamo, soando um pouco mais alarmada que o pretendido.
- Estou. - Ele sorrir vagamente.
- Isso é bom. - Retribuo o gesto, porém ao sentir uma pressão em minha cabeça fecho os olhos, me apoiando na porta.
- Mas parece que você não está. - Ele junta as sobrancelhas. - O que houve?
- Não é nada, só estou cansada. - Respiro fundo, endireitando a postura. - Eu só vim saber como você está, me sinto culpada por ontem.
- Não sinta. Eu me ofereci para ir lá.
- De qualquer forma. - Dou de ombros.
- Se é só isso, saiba que está tudo bem.
- O.K. - Sorrio levemente.
Nos encaramos por alguns segundos, até que decido voltar para casa. Nós nos despedimos e caminho alguns passos pelo quintal, até lembrar de algo:
- Harry! - Chamo, caminhando de volta para o galpão.
- Sim? - Pergunta calmamente, abrindo a porta outra vez.
- Minha mãe falou que vieram policiais aqui. Procuravam por você. - Inconscientemente encolho os ombros.
- Oh. - Ele me encara com dúvida. - Ela disse alguma coisa para eles?
- Eu não sei.
- Tudo bem. - Suspira. - Vou resolver isso. - Ele me observa. - Lembra do nosso combinado, não é?
ESTÁ A LER
Não Abra A Porta Para Estranhos [H.S]
Mystery / Thriller"Abrir a porta" esse é um ato comum que exercemos todos os dias. Pode ser a porta do seu quarto, do elevador ou até mesmo do armário, abrimos ao menos uma porta diariamente. Mas e se esse simples ato, pudesse mudar tudo na sua vida? Se ao abrir a po...