12 - Lost.

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-Onde você esteve? -Assim que pergunto ele para de andar e olha para mim.

-Como? - Certo, talvez eu não devesse ter perguntado.

-É que faz tempo que você não aparece. -Dou de ombros, tentando disfarçar o que eu realmente quis dizer.

-É, precisei viajar por um tempo! -Ele segui caminhando, quando ele já estava fora de meu campo de visão pego meus sapatos e, literalmente, corro para o quarto e tranco a porta.

Calma, Skye pode ser só uma coincidência, quem pode provar que foi ele? Vamos torcer para que um assassino não esteja vivendo em minha casa. Após algum tempo recebo uma mensagem de Matt me convidando para visitarmos a garota no hospital, eu confirmo e conversamos mais um pouco, até o sono me vencer.

(...)

-Skye? -Ouço uma voz distante chamar-me. -Skye? Acorda! -O som fica mais alto e insistente.

-O que foi? -Pergunto, colocando o travesseiro sobre minha cabeça, cobrindo meu rosto.

-Mamãe está te chamando, e ela não está nada feliz. -Levanto um pouco o travesseiro e posso ver Thomas a minha frente.

-O que você fez? -Com muita deficuldade de vencer a preguiça, consigo sentar-me na cama.

-Eu não fiz nada, mas você sim!

-Eu também não fiz nada... -Antes que eu continue, minha mãe grita meu nome e eu apenas reviros os olhos, amarrando meu cabelo e me levantando.

  Seguimos pelo corredor até a escada, de lá de cima já era possível ver minha mãe indo de um lado para o outro, era provavel que a qualquer momento se formasse um buraco no chão com a força que ela pisava. Penso em voltar, mas é tarde de mais, ela já me viu. Desço as escadas e vou até a sala, onde ncontro Matt sentado no sofá.

-Desculpe, eu precisei contar... -Ele encolhe os ombros.

-Que história é essa que você achou uma menina morta? -O modo que ela fala chega a me dar nalseas.

-Credo, mãe. Ela não está morta!

-Você quase teve o mesmo fim e ainda por cima não me contou nada... -Ela me ignora e volta a caminhar.

-Não aconteceu nada, está tudo bem! -Me aproximo de onde ela estava.

-Você jura? -Ela coloca as mãos em meu rosto, me olhando fixamente.

-Sim. -Suspiro e em questão de segundos me encontro em um abraço forte e apertado.

-Desculpa atrapalhar, mas precisamos ir! -Matt aponta para o relógio e eu me afasto da minha mãe, correndo de volta para o andar de cima.Tomo um banho rápido e visto uma roupa simples, deixo meus cabelos soltos e desço correndo, pegamos nossos casacos e seguimos em direção ao carro de Matt, que logo parte. 

  Dentro de alguns minutos chegamos no hospital, vamos até a recepção onde informamos quem queremos visitar e logo recebemos nossos crachás de "visitantes" e seguida vamos até o quarto 25 no segundo andar.

  Ao abrir a porta era possível ver uma cama cercada por equipamentos, ao lado um a poltrona e próximo vários buquês de flores e ursos de pelucia. Me aproximo mais e ela estava aparentemente dormindo, usava um tubo de oxigênio e sua pele era muito pálida, ela tinha um corte perto da sobrancelha e uma marca roxa perto do olho direito.

-Nossa, ela está muito mal. -Matt fica ao meu lado.

-Sim. -Suspiro.

  Nós olhamos em volta e ele deveria ter muitos amigos para receber tantos presentes, pessoas que estavam tristes, preocupadas e com medo de perde-la. Que tipo de pessoa teria um coração tão sombrio a ponto de fazer isso?

-Quem são vocês? -Uma voz sussurra e quando olhamos para baixo, ela estava acordando aos poucos.

-Meu nome é Skye e esse é Matt. Acho que você não se lembra, mas nós a encontramos ontem.-Tento falar da forma mais amigavel possível.

-Acho que me lembro de você... -Ela estreita os olhos e olha fixamente para mim. -Aliás, meu nome é Molly.

-Você se lembra de alguma coisa, Molly? -Matt pergunta e ela o olha surpresa, mas logo nega com a cabeça.

-Em algum momento eu bati a cabeça, então só tenho flashs. Lembro de ter terminado o show e então eu saí do camarim para pegar alguma coisa, e foi quando eu senti algo me segurar pela cintura e me empurrar contra a parede, ele era alto e muito forte. -Ela suspira e notava-se lagrimas se formando em seus olhos.

-Você não conseguiu mover a máscara dele? -Matt parecia um detetive fazendo tantas perguntas. Eu também queria descobrir mais detalhes, porém estava comedo do que iria encontrar.

-Não, mas ele tinha olhos marcantes azuis ou verdes, não me lembro, desculpem. -Ela abaixa a cabeça.

-Tudo bem, o que importa é que você vai ficar bem! -Dou um pequeno sorriso e ela retribui.

  Logo a porta se abre e um homem de jaléco branco entra, ele nos informa mais sobre o estado de saúde de Molly e diz que ela ficará bem, por sorte. Eu e Matt nos despedimos e logo voltamos ao carro, ele propõe nos irmos em um restaurante para nos destrair um pouco e eu concordo, com mais ou menos 30 minutos chegamos e o lugar não era nada simples que eu tinha imaginado.

-Matt, só tem pessoas ricas aí. Olha minhas roupas, eu não vou entrar!

-Não sejá boba Skylar, eles só se importam se temos dinheiro. -Nós entramos e uma mulher logo vem nos atender, ela nos guia até uma mesa perto da janela e nos dar o cardápio.

  Até que não foi tão mau quanto eu imaginei, a comida era boa e vez ou outra nós imitavamos algumas pessoas super metidas que passavam por nós. A noite logo chgou e já estavamos na sobremesa, Matt fala que vai ao banheiro e eu o espero.

  Ao olhar para fora da janela, tenho a pequena impressão de estar sendo observada mas trato de pensar em coisas boas, a ultima coisa que quero agora é mais misterios em minha vida. Matt volta e paga a conta, nós vamos para o carro e logo começa a chover, mas não era uma chuva fina como de costume, era forte e deixava uma neblima pela estrada. Nós vamos por outro caminho que eu não reconheço e começo a ficar assustada.

-Que lugar é esse? -Me cubro com meu casaco.

-É só um atalho, vamos chegar mais rápido assim. -Matt se aproxima mais do vidro, tentando enchergar melhor.

-O que foi isso? -Pergunto quando o carro sacode um pouco e nós não saimos do lugar.

-Acho que o peneu furou ou o carro caiu em em buraco! -Ele bufa.

-Ai meu Deus, estamos perdidos no meio do nada? -Olho para fora e vejo apenas árvores e mato, se bem que tenho a impressão de ter visto alguém me observar.

Não Abra A Porta Para Estranhos [H.S]Where stories live. Discover now