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Capítulo 42 - Vol. 03

"Sinto muito... perturbei seu descanso!"

Eu engoli e espremi algumas palavras sem sentido e fui atrás de mim. Pensei em fugir, mas como consegui escapar da palma dessa fera, quando sua cauda se enrolou na parte inferior do meu corpo, o que imediatamente me fez cambalear e cair. Eu nem tive tempo de gritar antes de um par de mãos palmadas agarrar meu braço e meu corpo colidir sem aviso no peito molhado.  

Assim que eu levantei minha cabeça, a ponta de seu nariz tocou o meu enquanto sua cabeça abaixava ao mesmo tempo. Aqueles alunos com espírito sombrio avançando perfuraram minha alma e firmemente assumiram o controle de minha mente com seus olhos.  

Jurei que quase morri de medo de olhar para ele assim cara a cara.

A razão é que quando eu o encaro assim, sempre me imagino como um pólo magnético sendo atraído pela presença magnética de seu corpo. 

Sempre que sentia sua força poderosa de perto, não conseguia deixar de sentir que havia me tornado feminina, que era uma mulher e que estava destinada a ser conquistada por sua existência. 

Esse tipo de percepção inconsciente e incontrolável era simplesmente enlouquecedor. 

Instintivamente, encolhi o pescoço. Assim que me levantei e pensei em pular, fui puxado para trás por seus braços, o que me fez tombar e cair sobre ele no topo da rocha. Como as pontas dos dedos dos pés não conseguiam tocar o solo, perdi o centro de gravidade e não tive outra opção a não ser jogar todo o meu peso no corpo escorregadio de Agares. Com uma reação rápida e ágil, me apoiei para não ficar tão intimamente pressionada contra seu corpo. 

No entanto, eu tinha me esforçado demais e minha cintura doía de dor como se uma broca a tivesse perfurado, mas eu definitivamente não queria que Agares soubesse disso, porque se ele descobrisse, com certeza usaria aquele método peculiar para tratar minhas feridas. Quem sabe se isso causará ou não consequências indesejadas. Meus colegas certamente ainda estão por aqui!

Eu ofeguei erraticamente, me sentindo confuso e nervoso. Enfrentei Agares que estava debaixo de mim com medo de que no momento seguinte ele fizesse algo ultrajante. No entanto, ele apenas segurou minha nuca e intimamente vagou seus lábios em volta da minha bochecha. Ele me encarou por alguns segundos antes de abrir a boca e sussurrar: “Desharow... Por que... quer... escapar? Eu disse... não tenha medo de... mim, lembra...? " 

Ele disse as palavras uma a uma com uma mistura de russo e inglês.

O som de sua voz era até gentil e suave, embora obviamente contivesse a implicação de não me deixar ter uma palavra a dizer, o que fazia tudo soar como um velho fazendo ameaças e subornos a uma criança. 

Droga. Seria estranho se eu não estivesse com medo. Quem sabe quanta água suja se esconde no seu estômago!

Olhei para Agares e não consegui dizer uma única palavra. Ou melhor, não ousei dizer nada, caso o provocasse. Afinal, fui eu quem escapou sem deixar vestígios na cova dos tritões, e quem o despertou de seu sono também fui eu. O ditado 'pedir encrenca' não seria suficiente para descrever a situação.

Enquanto eu estava perdido em meus pensamentos, talvez eu tenha demorado demais para responder a ele, pois Agares mostrava uma expressão impaciente. Ele fracamente abriu a boca e passou a ponta da língua escarlate na parte superior dos dentes. No momento seguinte, a garra palmada que segurava meu pescoço deslizou pelo arco das minhas costas e se dirigiu para minha bunda, amassando-a.