Capítulo 4 • Logan Adams

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NAQUELA MANHÃ, ENQUANTO ME ARRUMAVA para a homenagem ao capitão, pensei em muita coisa

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NAQUELA MANHÃ, ENQUANTO ME ARRUMAVA para a homenagem ao capitão, pensei em muita coisa. A maioria relacionada à ilha, ao próprio capitão ou ao meu tempo na academia da marinha mercante. Também pensei muito nos meus pais, em John e Liv, e em como todos eles estavam se esforçando para me ajudar a voltar a ter uma vida normal.

Oito meses haviam se passado desde o resgate, mas eu ainda não conseguia dormir mais do que algumas horas sem acordar com o coração acelerado no meio da madrugada. Meu psicólogo dizia que era normal, que eu estava sofrendo de estresse pós-traumático e que tudo o que precisava era deixar que as pessoas me alcançassem. No entanto, aquela não era uma tarefa assim tão fácil.

Tentei fazer amizades, sair para jogar sinuca no bar ou experimentar um restaurante diferente. Só que quando estava na companhia de outras pessoas eu me sentia errado, como se estivesse fingindo me importar com elas. Tanto que, se alguém tivesse me dito que terminaria o dia me divertindo na companhia da princesa da Alpia-Ístria, eu teria rido na cara da pessoa.

Sua alteza era a realização dos sonhos do meu psicólogo para mim. Ela tinha uma aura diferente, algo que me fazia querer estar por perto. Era amável, sensível e engraçada, e tinha um quê de rebeldia disfarçada de prudência que me provocava a desafiá-la.

— E então? – eu a provoquei – Temos uma aposta ou não?

Ela olhou para mim, tentando inutilmente não rir. Pensei que finalmente iria ceder, mas Cristina desceu as escadas e ela voltou a assumir aquela postura neutra de princesa.

— Alteza, eu gostaria de fazer uma sugestão. – Cristina disse ao se aproximar da nossa janela.

— Pode dizer. – a princesa pediu.

— A senhorita disse que gostaria de ver um pouco da cidade, – Cristina respondeu – mas este barco é alto demais. Ele não passa por baixo da maioria das pontes do centro antigo. – "isso é verdade", minha experiência náutica sussurrou na minha cabeça – Por isso, gostaria de sugerir que a senhorita fizesse o passeio na barca da rainha. Ela vai passar por baixo de todas as pontes, a cobertura é feita de vidro blindado, há uma mesa mais apropriada para servir o almoço e também há uma pequena cozinha de apoio para os mordomos.

— Mas não vai ser complicado conseguir uma tripulação tão em cima da hora? – a princesa quis saber.

— Perguntei ao Capitão Nils, – Cristina respondeu de forma eficiente – e ele falou que não se importaria de guiar a barca se a senhorita preferir seguir com ela.

A princesa olhou para mim, como se perguntasse se eu tinha alguma coisa contra, e eu dei de ombros.

— Nesse caso, então sim. – ela disse, olhando novamente para Cristina – Obrigada pela sugestão!

— Por nada, alteza! – a mulher falou satisfeita, e nos deixou novamente sozinhos para ir organizar as mudanças na programação.

Assim que Cristina desapareceu, ela se virou para mim.

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