Capítulo 18 • Matthias von Löwestein

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DESDE QUE DEIXAMOS A EXPOSIÇÃO que Eveline permanecia em silêncio

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DESDE QUE DEIXAMOS A EXPOSIÇÃO que Eveline permanecia em silêncio.

— Você sabe que não precisamos jantar juntos se você não quiser, não é? – eu disse, um olho no trânsito, o outro nos batedores que rodeavam o carro – Só falei aquilo porque você reclamou que estava chato.

— Não precisa ficar se explicando Matt. Eu sei disso. – ela respondeu, puxando o tecido do vestido volumoso para cima do colo para evitar que ele bloqueasse o câmbio do carro – E eu quero mesmo jantar com você. Além do mais, é mais fácil do que enfrentar as perguntas de tio Pieter depois.

— Tem certeza? – eu quis saber, dando uma rápida olhada na sua direção – Você parece um pouco chateada.

Não a via sorrir desde que recusei o convite de Pieter para ir jogar pôquer com a desculpa que tinha um compromisso com ela. Tudo bem que a princesa estava mais séria do que de costume quando cheguei na galeria, mas nada tirava da minha cabeça que o que eu tinha feito acabou por agravar a situação.

— Só preciso tirar essa coroa e esse maldito vestido. – ela respondeu puxando a saia que insistia em escapar de suas mãos e suspirou cansada – Vou me sentir melhor depois, prometo.

Olhei mais uma vez na direção dela e o sorriso tímido que vi em seu rosto aliviou um pouco minha preocupação, mesmo que estivesse um pouco forçado.

Eveline costumava esconder tão bem que era fácil se esquecer do peso que ela carregava nos ombros, das responsabilidades e os motivos que a tinham levado até Rosenthal. Achava incrível a capacidade que ela tinha de lidar com tudo sem deixar transparecer nada a não ser simpatia e amabilidade com todos à sua volta, mas mesmo a ela deveria ser permitido ter dias ruins e aquele claramente era um deles. Ela precisava de uma folga, uma noite sendo apenas uma garota normal e eu estava decidido a lhe dar uma que fosse inesquecível.

— Então faremos assim: – sugeri – o traje oficial do nosso jantar será jeans e camiseta ou qualquer outra coisa confortável que você queira usar. E nós não vamos comer no palácio, por isso vista roupas quentes.

— O que você está planejando? – quis saber, e eu podia dizer só de ouvir a curiosidade na sua voz que seu sorriso tinha se transformando em algo mais natural.

— Vai ser surpresa. – respondi, acionando a seta para virar à esquerda na alameda que dava acesso ao palácio.

Fiz a curva devagar, deixando que os dois policiais de moto à minha frente ditassem o ritmo a seguir. Atrás de nós havia mais duas motos como aquelas e uma SUV com quatro agentes da PSG, ao menos que eu sabia. Pieter havia insistido na escolta, o que era compreensível. Mesmo ali em Rosenthal, todo cuidado ainda era pouco com a segurança da princesa.

Os portões do palácio foram crescendo à medida que nos aproximávamos pela enorme alameda e, quando parei para esperar que eles fossem abertos, ouvi o farfalhar do vestido de Eveline quando ela se virou no banco para me olhar.

Flores Que Renascem do Fogo | Flores Reais #1 ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora