Capítulo 57 • Brigitte Leclerc

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ERA QUASE SEIS DA TARDE quando estacionei o carro emprestado em frente à casa de Logan

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ERA QUASE SEIS DA TARDE quando estacionei o carro emprestado em frente à casa de Logan. Olhei para Eveline. Ela mal conseguia se conter.

— Espera aqui. – me pediu ansiosa, aterrorizada pelo que podia encontrar, radiante porque o ia ver, ao mesmo tempo que escondia o cabelo dentro do capuz da blusa que eu havia emprestado a ela – Não vou demorar. – garantiu, abrindo a porta do carona, mas eu segurei seu braço, a impedindo de descer.

— Dez minutos. – eu a lembrei do que havíamos combinado – Um minuto a mais e eu vou lá te buscar.

Eveline assentiu, um sorriso teimoso escapando por entre toda sua força de vontade em manter aquilo como apenas a visita cordial que me jurou que seria. Mas nem ela confiava em si mesma sozinha com ele, então eu teria que bancar a mediadora.

Soltei seu braço e ela desceu. Eu fiquei a observando dar a volta na cerca viva que delimitava todo o jardim da casa e entrar no caminho de pedras que a levaria até a varanda de entrada. A cerca viva não me deixava ver nada daquilo, mas eu sabia que seria daquela forma porque tinha estado ali uma semana antes.

Droga. Eu devia ter esperado que ela se casasse, que voltasse para Vienna com o senhor von Löwestein antes de o vir visitar. Devia ter ficado quieta no meu canto, deixado que as coisas tomassem o rumo que precisavam antes de interferir mais do que já tinha feito. Só que o que ouvi quando cheguei a Bremen me deixou assustada, e eu temi de verdade por ele.

Não sei o que me deu, pensando que falar com Logan melhoraria sua situação. Eu podia o considerar um amigo, mas ele só via em mim a conexão com Eveline. E deu no que deu. Ele nem sequer respondeu o bom dia que lhe dei e foi bem direto, perguntando se tinha sido ela que havia me mandado até ele. Foi horrível ver sua esperança se estilhaçando quando lhe disse que não, que Eveline sequer sabia que eu estava ali, mas o pior foi quando ele quis saber da viagem dela a Goukos.

E eu não deveria ter dito a verdade a ela. Deveria ter dito qualquer coisa, menos a verdade. Nós duas éramos muito parecidas naquilo e eu sabia que a reação de Eveline seria, no mínimo, a mesma que a minha, com a diferença que eu não era princesa, não estava de casamento marcado e conseguia sair do palacete a hora que quisesse. Ela não.

Tivemos que mentir para todo mundo, dizendo que planejávamos uma noite relaxante juntas, com direito as fazer as unhas, depilação, massagem, e todo o resto. Ninguém suspeitou, e ela foi dispensada de jantar com a família von Löwestein, mas ainda havia Adrien e Lukas. Eles nos conheciam bem demais, e eu podia pressentir que desconfiavam de nós. Por isso, precisei criar algo mais elaborado para os dois.

Eve tinha me contado toda a história por trás do machucado em seu joelho esquerdo e eu me aproveitei daquilo. Disse a Adrien que ela se sentia magoada, que fazer as pazes com o Matthias não tinha sido suficiente para acalmar seu coração, e que ela precisava de um tempo sozinha. Ele prometeu que ninguém nos incomodaria enquanto Eve assim quisesse, e depois disso foi fácil a tirar do quarto usando uma porta secundária que levava diretamente para a lavanderia no subsolo.

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