Capítulo 55 • Sua Alteza Real, Eveline da Alpia-Ístria

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PASSAVA DAS DUAS DA TARDE, mas nós ainda não tínhamos nos permitido sair da cama dele

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PASSAVA DAS DUAS DA TARDE, mas nós ainda não tínhamos nos permitido sair da cama dele. Meu noivo beijava meu pescoço lenta e dolorosamente, se detendo um pouco em cada milímetro e me obrigando a suportar a tortura de estar completamente à sua mercê. Suas mãos passeavam pelo meu corpo, procurando por pontos fracos, me testando vez após a outra, decididas a descobrir cada segredo que minha pele guardava. A cada suspiro, cada gemido que ele me arrancava, mais eu o queria e mais desejava ser dele. Ali estava nossa promessa. Não só podíamos ser como éramos mais do que um acordo, e não havia nada que pudesse nos interromper, a não ser o lembrete de que apesar de tudo ainda éramos mortais.

— A culpa é sua. – eu o acusei quando minha barriga roncou alto e Matt riu contra meu pescoço.

— Tem certeza? – ele replicou, se apoiando nos braços para me mirar – Eu diria que, no máximo, é só metade minha culpa, mas não vou bancar o vilão aqui. – completou, se aproximando para dar um beijo carinhoso nos meus lábios, se demorando naquele toque, demonstrando com ele toda a ternura que sentia por mim – Vamos tomar café. Só me deixa tomar uma ducha. – disse antes de afastar os lençóis para se levantar.

Matt caminhou completamente nu na direção do banheiro. Vendo-o daquela forma, e considerando tudo o que havia acontecido, só conseguia pensar que ao final das contas eu tinha sorte porque era ele ali comigo.

— Cabem dois embaixo do chuveiro. – ele sugeriu de repente antes de entrar no outro cômodo, em seu rosto um convite em forma de um provocante sorriso torto que eu teria que recusar.

— Você sabe que se eu entrar aí, a gente não vai tomar café. – respondi, me levantando e vestindo meu robe para esconder minha própria nudez antes que ele resolvesse me arrastar para a cama de novo.

— Tem razão. – concordou, me observando dar um laço na faixa de tecido que envolvia minha cintura – Vamos nos manter objetivos. – concluiu e então sumiu dentro do banheiro. Segundos depois, ouvi o som de água caindo.

Voltei para o meu próprio quarto, vizinho do dele, e também tomei um banho rápido. Sem pensar muito, escolhi um vestido longo e fresco, do jeito que Brigitte escolheria se estivesse ali, e aquele simples ato de fazer sozinha algo que estava acostumada a compartilhar com ela fez um nó apertado se formar na minha garganta. Suspirei fundo, me obrigando a engolir a falta que minha amiga me fazia junto com todo o resto e fui procurar por meu noivo.

— Tem muito tempo que você está aí? – perguntei, me aproximando da mesa posta no jardim onde ele pacientemente esperava com um livro nas mãos.

— Menos que cinco minutos. – garantiu colocando o livro de lado e se levantando para puxar uma cadeira para mim.

— Obrigada. – agradeci quando sentei e ele voltou para o próprio lugar, à minha frente. Matt usava uma camiseta fresca e bermuda, seu cabelo ainda estava úmido e os cachos, geralmente indecisos entre permanecer alinhados ou à rebelião, estavam penteados para trás, algumas poucas mechas presas atrás de suas orelhas.

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