Capítulo 15 • Matthias von Löwestein

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CHOVIA QUANDO CHEGAMOS A BERLIM

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CHOVIA QUANDO CHEGAMOS A BERLIM. Ainda não era a tempestade que o serviço meteorológico havia prometido, mas já estava forte o suficiente para molhar qualquer um que tentasse andar por ela sem proteção.

Cristina pediu que Eveline e eu esperássemos dentro do helicóptero até que um carro adequado fosse trazido para a pista de pouso para nos levar ao prédio do aeroporto, mas Eveline recusou.

— Não sou feita de açúcar. – reclamou com Cristina – Não são nem duzentos metros daqui até o prédio. Eu posso muito bem andar com um guarda-chuva.

Cristina olhou para mim em busca de apoio.

— Também não vejo motivos para esperar. – respondi a ela – E a chuva está ficando mais forte. Se ficarmos, vai ser pior.

— Vou providenciar um guarda-chuva maior então. – Cristina disse frustrada e saiu do helicóptero para debaixo de uma sombrinha dobrável que um dos agentes da PSG segurava para ela.

Eveline e eu trocamos um olhar.

Tive receio que ela se retraísse depois do que ouviu dos conselheiros, porém o efeito parecia ter sido o contrário. Havia um brilho frio quase calculista em seu olhar quando me explicou o que tinha acontecido antes de fugir na tarde anterior. E o mesmo brilho estava lá quando ela contestou Pieter por querer cancelar a viagem a Berlim antes de decolarmos. Eveline estava aprendendo a se impor dentro da corte germânica.

— Pelo jeito vamos mesmo ter que dormir aqui. – ela comentou e depois olhou novamente para a chuva pela escotilha do helicóptero – Espero que isso não bagunce sua agenda.

— Amanhã é domingo. – respondi – Não pretendia trabalhar de qualquer forma.

Ela se virou pra mim, um sorriso divertido no rosto.

— E o que você ia fazer o dia inteiro? – quis saber e pela sua expressão dava para dizer que ela me considerava uma pessoa viciada em trabalho.

— Sei lá. – dei de ombros para não ter que admitir que possivelmente eu o era mesmo – Talvez fosse até a minha casa. Tem umas coisas que eu gostaria de trazer para o palácio já que agora ele será minha residência por um tempo.

— Você pode pedir a Cristina que envie alguém para buscar suas coisas em Bremen se estiver indo lá só para isso. – ela comentou.

— Não me referia a Bremen. – expliquei – Tenho minha própria casa no centro de Rosenthal onde eu costumo ficar quando estou dando aulas na universidade.

Eveline olhou para mim, uma pergunta se formando nos lábios entreabertos, mas a porta do helicóptero se abriu e Cristina apareceu me oferecendo um enorme guarda-chuvas fechado.

— Se importa de guiar a princesa? – ela perguntou quando desci.

— Nem um pouco. – respondi.

Flores Que Renascem do Fogo | Flores Reais #1 ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora