Capítulo 25 • Thea Östergötland

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O COMBINADO NÃO TINHA SIDO aquele

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O COMBINADO NÃO TINHA SIDO aquele.

Eu deveria estar na reunião comercial junto com o ministro das relações internacionais que aconteceria na Britânia, e Stephen deveria comparecer ao baile de aniversário do rei germânico como representante da Noruécia naquele final de semana.

Nós dois tínhamos um acordo silencioso quanto aquilo. Ele sabia muito bem meus motivos para não querer botar os pés na Germânia, mas o rei Erik preferiu mandar o filho para a Britânia no meu lugar. E, como consequência, ali estava eu, resignada, sabendo que o encontro com Matt era inevitável.

Fazia quase dois anos que não nos víamos, mas a mim parecia que uma eternidade havia se passado desde o dia em que decidimos por um ponto final no nosso relacionamento.

Durante muito tempo, Matt tentou nos manter juntos enquanto tudo o que eu fazia era o afastar. Estava cega, não conseguia enxergar nada além da oportunidade de me provar para a minha família.

Cometi um erro, sabia disso agora. No entanto, era tarde demais. Eu o conhecia o suficiente para saber que seu silêncio por todo aquele tempo significava mais do que quaisquer palavras que pudéssemos dizer um ao outro por telefone, ou mesmo pessoalmente. Ele tinha desistido de mim, e não havia ninguém, a não ser eu mesma, para culpar.

Desci a grande escadaria do palácio Rosenthal sozinha com bastante antecedência e me refugiei na biblioteca, esperando que todos os outros convidados já estivessem sentados em seus lugares no grande salão onde as refeições eram servidas quando me dirigisse para lá.

Não queria ter que conversar com ninguém naquele momento porque estava tensa. Matt tinha se mudado para o palácio poucos dias atrás para assumir o cargo que fora de seu pai no passado e, com certeza, estaria sentado na mesa da família real durante o jantar. Ele me veria na mesa de convidados e eu não sabia como seria capaz de suportar o seu olhar de decepção.

Pensei em me deixar ficar na biblioteca, assim ao menos poderia dizer que perdi a hora enquanto lia caso alguém perguntasse o motivo de não ter aparecido para jantar, mas aquilo só prolongaria o sofrimento. E foi somente por isso que me levantei da poltrona de leitura e saí do conforto da negação onde tinha me refugiado. Tinha chegado ao átrio quando uma voz familiar atrás de mim me obrigou a parar e me virar.

— Thea, pode andar um pouco mais devagar? – Meredith de Liechtenstein, ou simplesmente tia Mee, pediu enquanto andava o mais rápido que podia, se apoiando em sua bengala dourada, para chegar até onde eu estava.

— Não esperava encontrar a senhora aqui. – comentei quando ela me alcançou e eu lhe dei um beijo na bochecha. Tia Mee era a irmã mais velha de minha avó materna já falecida, e a presença dela me fez, de alguma forma, sentir um pouco mais forte.

— Até parece que iria perder uma festa dessas. – respondeu alegre – Tenho que aproveitar enquanto posso. Daqui um pouco morro e aí acabou de vez.

Flores Que Renascem do Fogo | Flores Reais #1 ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora