Capítulo 58 • Logan Adams

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A PORTA SE FECHOU COM um baque quando a empurrei ao me escorar nela

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A PORTA SE FECHOU COM um baque quando a empurrei ao me escorar nela. Tudo que Brigitte me contara, tudo o que eu havia presenciado acontecer e tudo o que havia vivido nos braços de Eveline emergiu ao mesmo tempo, um fato colidindo com o outro, gritando nos meus ouvidos o quanto eu era egoísta por ainda a desejar, o quanto era covarde por não lutar pelo que sentia.

Era isso.

Estava acabado.

Eveline foi embora magoada e, mais uma vez, eu não tive coragem de a impedir de sair da minha vida.

Com ela se foi tudo o que ainda me restava, deixando para trás apenas a certeza de que, por mais que me amasse tanto quanto eu a amava, nunca mais se atreveria a me procurar. Ela me evitaria pelo resto da vida e o faria porque sabia que, no momento em que colocássemos os olhos um no outro, não importava quanto tempo houvesse se passado ou o que tivesse acontecido, tudo o que tivéssemos construído sem o outro ruiria, e voltaríamos a nos resumir a duas pessoas incapazes de resistir a fúria de seus corações.

Engoli em seco, voltando para a sala vazia e me obriguei a sentar. Não sabia o que fazer. Estava sem chão, sem consolo, sem alma. Meu coração batia descompassado, como se lutasse para reverter o que tinha acabado de acontecer, mas era melhor assim. Olhando para minhas mãos trêmulas, compreendi que nunca tinha havido forças suficientes em mim para suportar viver sem ela e o que tinha acontecido garantiria que, mesmo que fosse eu a fraquejar, mesmo que ela se deixasse alcançar, nada mais chegaria a acontecer.

Então um grito agudo irrompeu lá fora, e um calafrio desceu pela minha espinha.

Era a voz de Eveline.

Corri o máximo que pude, mas nada poderia ter me preparado para o ver a segurando pelo pescoço, uma arma encostada nas costelas delas, um déjà vu dentro de um pesadelo que eu jamais achei que reviveria.

— NÃO! – gritei e avancei, sem pensar, sem sequer me importar com a arma que o guarda apontou para mim. O terror nos olhos dela foi a única coisa que vi antes que mundo inteiro vibrasse e eu fosse obrigado a me abaixar e proteger meus ouvidos.

Eveline gritou, e eu o vi cair por cima dela, a derrubando no chão. Corri o máximo que pude, me aproximando, avistando a poça de sangue que se expandia pela calçada.

— Não, não, não, não, não... – eu repetia ajoelhado junto aos dois, o empurrando para o tirar de cima dela.

Sangue. Eveline estava coberta de sangue.

Desesperado, eu a puxei para mim, para longe dele e a apalpei à procura de um ferimento, qualquer coisa que me indicasse que aquele sangue pudesse ser dela, até que seus olhos focaram em mim.

— Logan... – ela sussurrou, os lábios tremendo.

— Você está bem? Está machucada? – exigi saber, e Eveline balançou a cabeça, sem muita convicção.

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